Só nós os humanos temos o tempo marcado e comemoramos eventos.
O final do ano é uma época em que promessas são feitas, zeramos as frustrações e renovamos as esperanças.
Nada muda em nosso dia a dia, mas as nossas cabeças tem em mente que devemos recomeçar.
O calendário usado para medir o nosso tempo, nem é uniforme no mundo, pois algumas nações utilizam outros padrões e alguns povos nem o medem com tanto rigor.
Dito isso encaro tudo com uma certa falta de esperança.
Falo sobretudo do panorama político, pois passam os anos, e é mais do mesmo o discurso não evolui e continuamos na rabeira do mundo civilizado.
Os atores mudam, é verdade, mas interpretam o mesmo roteiro, sem nem se preocupar em improvisar, adaptar e aqui e acolá atualizar os termos.
Os escândalos se sucedem, instauram inquéritos, CPIs, divulgam escutas telefônicas, arquivos e outros comportamentos reprováveis e tudo fica por isso mesmo. Tenho a sensação de que cumprir regras e leis é para os tolos.
Todos pedem e desejam paz, como se isso fosse uma coisa palpável, que se compra ou se acha em algum lugar.
Eu quero um novo ano onde podemos esperar que cada um faça a sua parte, que a busca de melhoria seja uma constante, onde todos sejamos iguais perante as leis estabelecidas e não mais cometamos os erros do passado.
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