quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quem são os ladrões?

   Há tempos me pergunto o porquê de tanta corrupção, violência gratuita e a absoluta falta de convenções sociais, embora algumas sejam hoje amparadas em lei, nunca precisei delas para adotá-las. Falo de respeito aos idosos, grávidas, deficientes etc... não jogar lixo nas ruas (nem tocos de cigarros, eu fumo), não estacionar em duas vagas, fazer o retorno, no trânsito, onde for permitido, mesmo quando signifique andar mais, ser pontual, não usar a buzina a torto e a direito, não invadir o sinal.   Eu acho que faço isso por ser um pouco egoísta, querer me dar bem, pois, se a maioria assim fizesse parte significativa dos nossos problemas diários não existiriam.
   Mas o porquê, na minha lógica, nascemos uma página em branco, uma história a ser escrita. Aprendemos de nossos pais, familiares, comunidades (escola, igreja, clubes, partidos políticos, instituições, televisão...), a viver a vida, o certo e o errado, as convenções. Se quem me ensina a falar, fala errado, também falarei, meus comportamentos, hábitos alimentares, higiênicos e etc... Também são absorvidos assim. Portanto uma criança mal educada é exatamente isso, mal educada. Alguém não a educou direito.
   Se uma criança vê um exemplo, vai repeti-lo. Sequer vai questionar.
  A vida em sociedade exige regras, sem elas não há segurança e civilidade, somente o mais forte vence.  Assim é a vida selvagem.
   A corrupção é parte do aprendizado. Quando aceito dar propina (uma cervejinha), fecho os olhos para a ilegalidade desde que me favoreça, dou um “jeitinho”, recebo troco errado e não devolvo para o caixa, estou sendo corrupto. Como indignar-se se na verdade estou é chateado por não ter levado o meu.
   A sociedade muda se nós mudarmos. Recentemente o “Fantástico” da Globo, encomendou uma pesquisa acerca do lixo das ruas em várias capitais (ruas centrais em 1,5km. não contando o lixo das lixeiras e o embalado, somente o atirado na rua). Na de menos lixo recolhido (30 e poucos kg.) os habitantes acharam a rua muito suja, naquela cuja quantidade foi maior, ( cerca de 1.030 kg) os habitantes acharam normal.  Como reclamar do lixo, se eu também coloco.
   Então quando vires alguém reclamar de alguma coisa observe seus atos. Essa pessoa pode ter razão ou pode estar magoada por não ter levado a sua vantagem.

Ah! A Educação

   Vivo em Salvador, lógico falo do nosso comportamento, no trânsito, nas ruas, nas lojas, no atendimento aos turistas e no dia a dia.

1  Ninguém respeita filas;
2  Ao passar pelo túnel Américo Simas, os iluminados ligam o pisca alerta;
3  Pelas ruas devemos nos desviar dos mijões, das cusparadas, dos lixos e camelôs, pedintes, carros e motos pelas calçadas;
4  Se fores turista em visita a locais históricos voce é atacado, cercado e não, não serve como resposta, chegue pelo aeroporto, o táxi cobra pela sua aparência;
5  As lojas, sobretudo as dos postos jamais cumprem horários nem para abrir e tampouco para fechar;
6 Motoristas param para conversar e descarregar mercadorias onde bem querem e entendem;
7  Chamar alguém de descarado e ou desgraçado é mais ofensivo que "porra!";
8  Poucos são os atendentes de lojas que sabem o que estão fazendo;
9  Vá à praia. Para estacionar depois de superar os osbtáculos da via, você ainda enfrenta a fauna de flanelinhas. Vencidos estes obstáculos vamos à barraca(quando tem), a mesa e cadeiras e guarda-sol, fácil, mas o serviço... o garçom não chega, música ensurdecedora, sujeira por todos os lados, banheiro...
10  Fala-se que tudo é festa. Experimente exigir seus direitos, mesmo após cumprir todas as obrigações;

   Falo pois sei que somos um dos destinos turísticos mais desejados do Brasil, temos sol e calor o ano todo e praias para todos os gostos. História, fomos sede de muitos fatos históricos e o que exploramos? Os turistas, deveríamos explorar o turismo.
   Não nos interessamos por nossos problemas, nossa história, sempre nos comparamos a outros com afirmações do tipo temos violência, mas quem não têm.
   Nossos museus, exceto raras exceções abrem às 9 horas e fecham às 17, sem abrir aos sábados e domingos, quem pode visitar?