terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MINHA CASA, MINHA VIDA

     Não tenho nenhum interesse especial, nem faço estudos aprofundados sobre o assunto.
    Opino sobre o que vejo pela imprensa e o que sei de ver os fatos gritantes nos ambientes onde vivo e passeio (conheço bem o centro de São Paulo, do Rio e de Salvador).
    Os bairros do centro das metrópoles, são abandonados. 
    Se a cidade é histórica como é o caso de Salvador, na Bahia, abrigam casarões e prédios históricos que são tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
    Desconheço as leis pelas quais esses prédios devem permanecer a mercê do tempo, escorados para não cair sobre os pedestres e carros.
    Uso a lógica.
    O Minha Casa, Minha Vida parece um projeto bem intencionado e no conceito serve para todos, pois gera empregos na construção civil, atende os mais necessitados dando acesso à moradia e envolve a Prefeitura Municipal, o Governo Nacional e empresários.
    É claro podem haver enganos e pessoas mal intencionadas. No entanto, parece que neste caso, todos perdemos em prol de interesses inconfessáveis, que estão em todas as obras, de alguns.
    Ganham os empresários que lucram sem riscos, ganham os políticos  que fazem proselitismo e ganham eleições, ganham corruptos que facilitam acesso, revendem e etc...
    Só não ganha quem realmente precisa, o que não tem uma casa decente.
    O Minha Casa, Minha Vida fere a lógica, quando ergue moradias longe de qualquer infra-estrutura, exigindo do município uma contrapartida em vias de acesso, postos de saúde, segurança, meios de transporte e condena os futuros moradores  aos infindáveis deslocamentos para qualquer serviço que necessitarem.
    Fere a lógica também quando, deixa os imóveis tombados no centro serem consumidos pelo tempo e servirem de abrigo a toda sorte de delinquentes e animais, depósitos de lixo, entulhos.
    Esses imóveis poderiam ser restaurados em suas fachadas e adaptados em seus interiores, para acomodar projetos menores, aproveitando toda a infra- estrutura existente, sem maiores dispêndios. De quebra ainda teríamos, os centros ocupados, mais seguros, exigindo menores deslocamentos e impactando menos no trânsito. Por que não se faz? 
    Só posso imaginar que os interesses não sejam os benefícios sociais, mas é mais uma forma de recursos públicos serem transferidos para bolsos privados ou estão mais interessados nos próprios interesses e menos no Brasil que dizem defender.

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