quinta-feira, 16 de maio de 2013

PERDA DE VALORES SOCIAIS – IGREJAS E ESCOLAS


Houve um tempo, não muito distante, na minha infância, com bastiões morais e locais sagrados intocáveis.
          Na minha infância desrespeito a professores, padres, escolas, igrejas e outros equipamentos públicos eram punidos exemplarmente com a execração comunitária dos autores e todos temiam as consequências de tais provas de falta de civilização.
          Normalmente as comunidades se responsabilizavam pela manutenção e limpeza de seus templos, praças, escolas em mutirões convocados para isso.
          Claro nasci e cresci numa comunidade rural, onde todos se conheciam e conviviam, numa grande cidade como Salvador, isto é um pouco mais difícil, mas não é impossível.
          Nesta semana, apareceu nos jornais uma estatística assustadora. Em todas as escolas estaduais, situadas em Salvador (BA), existem casos de ocorrências policiais e muitas vezes, professores e outras vítimas sãos aconselhadas pelas respectivas direções a não relatar as ocorrências às autoridades, para evitar que a escola seja visada.
          Acredito estarmos numa encruzilhada.
          Um caminho aponta para mais do mesmo, aumentar muros, rondas policiais, aumento de vigilância.
          Outra opção que acredito ser a solução é envolver a comunidade, autoridades, pais e professores.
          Resgatar a autoestima dos professores, também deve ser um objetivo.
          Esta autoestima lapidada permitirá que os mestres voltem a sê-lo.
          Não serão amiguinhos, bonzinhos. Serão autoridades.
          Serão autoridades reconhecidas pelos seus alunos, imporão disciplina, estarão qualificados e estimulados e comprometidos com os resultados dos seus alunos.
          Aliás, autoridades sempre são de dois tipos: As instituídas e as reconhecidas.
          O melhor dos mundos é quando a autoridade instituída é também reconhecida.
          As autoridades instituídas, se também forem reconhecidas, são motivadoras, inspiradoras e aceleram a evolução que almejamos, pois estimulam e inspiram.
          Ensinam os caminhos.
          O respeito a valores morais e sociais que nossas igrejas, escolas, padres e professores representam, juntamente com instrumentos e aparelhos públicos como os ônibus e praças, são proporcionais ao respeito que temos por nossas autoridades morais, nossos instrutores e até elas nossas autoridades constituídas.
          A nossa falta de perspectivas com o nosso futuro, a falta de quem nos espelhar, a falta de punições exemplares, nos remetem a tempos de vale tudo e da lei do mais forte.
          Devemos dar um basta nisso, ou estaremos a caminho da nossa destruição como sociedade e onde sobrarão dores e perdas.