segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MAIS MÉDICOS

     É claro, ninguém pode ser contra incremento de profissionais em áreas carentes destes profissionais.
     O problema do "Mais Médicos", está no forma como se faz a contratação e na  defesa ideológica da ideia.
     Invariavelmente os defensores, desqualificam os que não defendem a ideia, com argumentos  tais como: Elites, corporativistas, oposição reacionária como se estivéssemos numa luta constante entre o bem e o mal.
     Essa comparação entre direita (sempre má) e esquerda (sempre boa) simplifica demais a discussão.
     Como comparar a vinda de médicos cubanos com a ida de empregados de empreiteiras para obras no exterior? Os empregados das empreiteiras não obedecem as leis dos países onde trabalharão? Terão sua liberdade vigiada, ficarão impedidos de ir e vir, pelas leis brasileiras e não pelas do país onde estão? Serão impedidos, se assim desejarem e as suas custas, levar seus familiares? E as obras não serão avaliadas por organismos internos dos países?
     Então as coisas são diferentes e incomparáveis.
     Mais, estamos tratando de saúde pública, se a importação fosse de professores para as escolas públicas,  a gritaria não seria a mesma? 
     Precisamos sim de médicos, mas o fato de o governo patrocinar a ideia não significa que ela seja correta, deveria, mas não é.
     O governo com essas medidas sacramenta um modo de governar não desejável.
     Não planeja, não implanta políticas de governo sólidas e que possam resistir aos sucessivos governos, próprios da democracia.
     Essa forma de governar  improvisada, sempre na emergência, calculada apenas para a próxima eleição, não defende os direitos de quem dizem defender, defende os seus quinhões e seu poder.
     As discussões intermináveis não estão no campo técnico, mas no campo ideológico, campo onde as pessoas se recusam a pensar, seguem cartilhas preestabelecidas e geralmente distorcem os fatos para caber nas intenções.
     Nada se fala na infraestrutura que falta, nos problemas de gestão e inexistência de regras claras, nos planos de saúde que exploram o mercado as seu bel prazer.
     Politizando a discussão, não chegaremos a bom termo.
     Idealizando as opiniões também não. 
     Como está sendo implementado, o projeto, parece fruto de um plano maquiavélico, gestado em algum porão, que só esperava uma condição favorável e ou criada para ser implementado. 
     Os manifestos das ruas exigiram medidas "emergenciais", ou a ocasião especial para sacar da gaveta mais um plano de poder.
     A nova forma de governar é a que os fins justificam os meios, ou nas palavras da D. Dilma, nas eleições se faz o diabo para ganhá-las.
     Esse comportamento não combina com democracia, com desenvolvimento, mas combina com ditaduras e atraso.









segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MANEIRA ESTRANHA DE GOVERNAR

          A Dona Dilma deve andar mal assessorada. Não é possível.
          Atrasa-se na recepção do Papa Francisco, postergando o cerimonial e fazendo o avião da Alitalia, dar voltas.
          Não foi o bastante, teve o discurso de recepção parecendo um palanque eleitoral tecendo loas às realizações do seu partido no governo.
          Na despedida, além do convite recusado de um presidente de país vizinho, aparece ao lado de um líder sul americano, procurado pela Interpol.
          Anuncia medidas para resolver os problemas do país e logo em seguida volta atrás, como no caso dos cursos de medicina aumentados em dois anos e anulados depois, anúncio da importação de médicos e postergada depois, a portaria que reduziria a idade para tratamento de mudança de sexo, anulada depois.
          Isso tudo em uma semana.
          Disse também que Lula não vai voltar à presidência porque nunca saiu.
          Nada errado em se consultar os mais experientes para construir uma solução para os problemas, não esquecendo que o responsável é quem tem a caneta.
          O governo não pode ser um lugar para amadores, nem acho que quem governe, quem quer que seja, tenha a condição de saber tudo.
          Para isso existem assessores, que se bem escolhidos e prioritariamente o fossem por competência, alinhariam os discursos com a legalidade, bom senso e evitariam tantos tropeços.
          A fama de gerente competente, está cada vez mais distante.
          Está mais para uma gerentona autoritária, mal humorada e arrogante.
          Qualquer gestor, público ou privado, que se cerca de bajuladores e não dos mais competentes, compromete o desempenho.
          Anunciar intenções funciona num momento inicial, mas sem algo palpável, o ânimo inicial passa ao descrédito.
          Atender as expectativas de 200 milhões de brasileiros não deve ser coisa fácil.
          Fazer proselitismo, sectarismo e adaptar os discursos a cada plateia sem uma coerência, uma linha mestra seguramente é o caminho para desagradar a todos.
          Se mudanças são necessárias, é consenso, se o sistema é presidencialista, com três poderes independentes e ampla maioria no congresso , porque governar com medidas provisórias?
          Assuntos espinhosos devem ser discutidos até que os avanços possíveis sejam incorporados e passaremos a uma nova fase, é o rito da democracia, nem sempre na velocidade desejável, mas sempre avançando o possível.
          Discordar ou querer de outra forma usando formas legais e previstas, deve ser incentivado.
          A diversidade permite a criatividade e soluções coerentes, coisa rara nas autocracias que fazem tudo, sabem tudo.
          Também não ajuda a governar a necessidade de nestes 10 anos de PT, não reconhecer que a situação brasileira atual é fruto de incontáveis erros e acertos de governos anteriores, somados resultam nos tempos atuais.
          Mais fácil seria partir de onde paramos e galgar os avanços possíveis, que sempre iniciar novos caminhos, porque os governos anteriores não eram correligionários.
          As experiências anteriores somadas aos conhecimentos e necessidades atuais, devem embasar as decisões. A necessidade de minimizar feitos anteriores e exagerar feitos atuais, talvez não tenha grande influência em partidas de futebol, mas nas gestões são devastadoras.
         

          

A GRANDE ENGANAÇÃO

Nunca antes na história deste país... (parafraseando o ex ou não presidente da república), um governante teve tanta maioria no congresso nacional.
          Portanto, todas as reformas desejadas e necessárias poderiam ser propostas pelo executivo, e com as devidas discussões, adaptariam o país às necessidades atuais.
          Isso não ocorre.
          Cabeças coroadas vivem às trombadas.
          Engolimos medidas provisórias sem urgência, solapando as discussões necessárias do congresso.
          A nova forma de governar é anunciar planos, com pompa e discursos arrogantes, reescrever a história, tecer loas as promessas de realizações, quase sempre perfumarias.
          Irrita-me a necessidade de comparação com FHC.
          FHC teve falhas e acertos, entretanto invariavelmente o PT deseja reescrever a história desfazendo os atos governamentais de FHC, sempre buscando uma acusação, um porém, uma informação que volta de vez em quando com “novos documentos”, com novas descobertas.
          Pergunto-me, se existiram tantos erros, corrupção, desvios, caixa dois e o que quer que seja, porque voltam em ondas? Porque não voltam com os devidos processos administrativos, judiciais ou o que couber?
          Sempre voltam por notícias nebulosas da imprensa/internet em informativos ligados ao governo federal, por anúncios de empresas públicas ou visivelmente vinculados por afinidades ideológicas ou partidárias.
          Quase nada tem origem nos órgãos competentes que existem com o fim de fiscalizar os atos referidos.
          Retorna à divulgação a tal lista de Furnas, que vai e vem, como coringa, num jogo de cartas, guardada com laudos de veracidade e repassadas com tons de novidade.
          Mais espantoso é o caso da acusação de formação de cartel nas obras do metrô de São Paulo, acusação genérica, que tramita no CADE, órgão visivelmente aparelhado, (em segredo de justiça, o acusado não sabe sequer do que o acusam, portanto não consegue se defender) e que vem a baila, justamente num momento de crise de credibilidade no governo do PT às vésperas de uma eleição decisiva.
          Mais do que isso, embora a empresa vencedora das licitações negue, comenta-se que ela tenha divulgado a tal formação de cartel para poder se beneficiar da delação premiada.
          Pode ser tudo verdade e, portanto punam-se os culpados.
          O modus operandi é que é questionável.
          Não é possível imaginar que um país, um município ou um estado possa ser reconstruído a cada troca de governo. Lógico seria pensar que o sucessor aproveite os casos de sucesso e ajustasse ações adaptando-as às necessidades e informações atuais.
          Isso foi o que Lula fez no primeiro governo pós-FHC e foi reeleito.

          Portanto, eu desconfio de quem tem gasta mais tempo para apontar erros dos outros que concretizar as próprias realizações. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

OS VALES QUALQUER COISA

Está sendo criado o vale cultura.

A desculpa desta vez, é que aos brasileiros falta dinheiro para consumir cultura.

Se fosse tão simples, estaria resolvido.

(Como todos sabemos, nossa cultura é sucesso no mundo todo, com inúmeros expoentes mundiais reconhecidos, filmes premiados, músicas famosas e cantadas pelo mundo todo nos Brazilians Days, aliás concorridíssimos. 

Nossos "fazedores de cultura" ficaram muito caros, pois a procura internacional pelas suas exibições e obras, inviabilizou os contratos em reais, agora somente fazem contratos em euros.)

Muitas causas podem ser citadas para o relativo pouco espaço, que a cultura ocupa na nossa economia, uma delas é o preço.  Entretanto nem a mais preponderante é, visto que muitos eventos são sucessos de público, apesar dos preços nada baratos.

Nossos filmes, nosso teatro, nossos museus, nossos livros, dentre outras manifestações culturais, excluindo as raras excessões são insucessos por:

- Dois em cada três brasileiros não entende o que lê;
- Os museus (em Salvador por exemplo) abrem das 9 as 17 durante a semana e a maioria não abre aos domingos, o zoológico abre;
- Os filmes nacionais em sua maioria são básicos, sem inovações, distantes de valores e da nossa realidade, pouco atraentes;
- Nossos "fazedores de cultura" tem aversão ao risco do negócio, não investem seus recursos, preferem os subsídios e não precisam de "clientes" para remunerar seu trabalho;
- Nossos músicos, raramente fazem shows em praças públicas;
- A pirataria de obras está em toda a parte, por preços atraentes;

Apesar de tudo isso, o cidadão que sair de casa para presenciar um evento, será atenazado por flanelinhas, assaltos e péssimos serviços.

O maior problema da nossa cultura, é ela não precisar das próprias pernas para andar, ela não precisa se pagar.

Faço um filme, escrevo um livro, monto uma peça de teatro, um show e capto recursos que os "investidores" abatem dos impostos, para o viabilizar.

Grande parte dos nossos artistas se dizem "esquerdistas", "socialistas", "progressistas" exceto, "capitalistas".

As obras são pagas antes de serem aprovadas pelo público com sucesso de público ou não.

Como se ter lucro ao se fazer arte fosse pecaminoso, condenável.

O vale cultura é uma dessas idéias que podem ser classificadas como esmola com o dinheiro dos outros, não resolve o problema, mas faz propaganda e ganha uns votinhos.

Acho que se extinguíssemos todos os apoios oficiais, haveria um certo baque inicial, mas posteriormente um consequente aumento de qualidade graças as inovações que serão apresentadas e aprovadas pelo público.

O vale cultura será devidamente desviado de suas funções idealizadas pelos nossos fazedores de cultura, como todas as benesses criadas para atender necessidades que não sabíamos que existiam.



ÍCONES

Estão faltando ícones para nos nortear.                  
O que dizer de estudantes que vão à escola armados para resolver uma divergência, ou para se vingar de uma cara feia, uma palavra enviesada, uma discussão banal.   
Líderes populares pegos com a mão na massa em desvios e falcatruas, típicos de principiantes.
Políticos e lideranças que nem mais se esforçam para esconder, que fazem qualquer coisa por um naco de poder.
Artistas e celebridades que estão mais preocupados com sua aparência física e performances amorosas que com a influência que suas opiniões e comportamentos podem ter em seguidores.
Ainda não valorizamos nossa história, nossos exemplos ancestrais, nossas conquistas e ainda que pelo menos para não cometer os mesmos erros.
Pelas ruas instalam-se ambulantes e toda sorte de ofícios em qualquer calçada e local ao seu bel prazer como se isso não tivesse consequências para os outros cidadãos.
O trânsito nas cidades e estradas é uma aventura em parte porque cumprir regras é uma exceção e dá a quem as cumpre a sensação de sair lesado, agravada pela falta crônica de sinalização, fiscalização e manutenção das ruas e rodovias.
Comerciantes acham que tem o direito de delimitar o espaço da rua em frente ao seu negócio para que ninguém estacione.
Temos Polícia Civil, Polícia Militar, Agentes de Trânsito e outros funcionários públicos e raramente são vistas abordagens, ninguém quer se incomodar, não vai dar em nada mesmo.
Reclamamos dos preços dos alimentos, dos combustíveis, dos estacionamentos, dos péssimos serviços públicos, da conta de luz e água, do atendimento nos supermercados e lojas de eletrodomésticos nos programas de rádio e não nos órgãos competentes.
Gatos de luz e água e furtos em lojas são alarmantes.
Fazemos necessidades fisiológicas pelas ruas, descartamos resíduos pelas janelas de nossos carros, depositamos lixo nos locais de coleta de forma inadequada, os catadores de recicláveis rompem as poucas embalagens inteiras e animais espalham o restante, afinal os garis ganham para isso não é?
Nossos alunos saem das escolas sem falar português e tampouco conhecem matemática.
Ainda assim nossos jornais, revistas e programas de televisão, tem mais espaço para futebol, fofocas das novelas e amores dos famosos, que política, economia e educação preponderantes para o nosso futuro.
Faltam-nos nortes, ou pior estamos com os errados.
É cada vez mais comum vermos menores infratores e que quando são apanhados lembram que são menores, portanto, inimputáveis. Nem os pais ou responsáveis respondem.
Aliás, é cada vez mais comum aparecerem vídeos, de mães agredindo desafetos de seus filhos e ou os apoiando quando cometem delitos como agressões a professores.
Caminhões e ônibus que sofrem panes ou acidentes têm suas cargas assaltadas antes mesmo de aparecer o socorro e antes mesmo de se importar com os feridos. Isso tudo envolvendo crianças, adolescentes, adultos, velhinhos e até autoridades.
Vamos às ruas em eventos como a parada gay, marcha para Jesus, mas somos tímidos para reclamar da corrupção, da educação paupérrima, da segurança pública de faz de conta, da falta de compromissos de nossos governantes.
Casos de corrupção são tratados com clemência, pois outros já fizeram isso antes.
Vândalos arrebentam vitrines, equipamentos públicos, saqueiam lojas, agridem policiais e clamam por direito de expressão.
Músicos exaltam feitos de traficantes, retratam o nosso tempo com visão limitada, sem horizontes. Dizem-se da periferia, discriminados, perseguidos sem no entanto se aprofundar, culpando autoridades, inimigos externos.
Nunca se faz mea culpa.
Por certo autoridades se omitem, mas também nós não fazemos a nossa parte.

Certamente a sociedade teria benefícios se todos estivessem preocupados em fazer o certo e não em buscar um jeitinho fácil.     

A FALTA DE MÉDICOS

               Nosso governo anda mal assessorado.
               Faltam médicos sim em muitos lugares, mas também faltam leitos, enfermeiros, medicamentos, instalações e gestão.
               Administrar é sempre gerir prioridades.
               As necessidades e desejos são sempre menores que nossas possibilidades.
               Nem sempre podemos ter as coisas que queremos ou desejamos, sempre temos menos recursos.
               Na vida privada planejamos a aquisição de bens, nossas despesas e orçamentos, priorizando os mais urgentes e os que não podemos prescindir.
               Então essa lógica não vale para a vida pública?
               Vale e tanto vale que as pessoas não estão mais se satisfazendo com os engodos governamentais.
               O governo federal edita uma medida provisória, criando um programa “mais médicos”, como panaceia para a solução de todos os problemas e lança ideias como enxurradas.
               Não amadurece soluções, não discute, não ouve.
               Determina a todos que colaborem e crê ser o poço das soluções miraculosas.
               As soluções que o governo apresenta só postergam a verdadeira solução.
               Descer do pedestal, propor e ouvir, deveriam ser o caminho. Demoraria mais certamente, mas seria uma solução definitiva e não temporária.
               Aliás, quem não tem muitos recursos, necessariamente tem que planejar para poder aproveitar melhor o pouco que tem.
               O governo aparenta total despreparo para enfrentar os problemas e faz a toque de caixa, ações que deveriam ser planejadas exaustivamente.  
       É perdulário na aplicação dos recursos públicos onde prioriza os holofotes em detrimento da efetividade, prioriza o lançamento dos projetos em detrimento da execução.
       Precisa pisar no chão de vez em quando.
       Precisa entender que tudo o que fizer, em algum momento, terá o reconhecimento e ou condenação.

       Gestões sempre serão lembradas pelos erros e acertos. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A EDUCAÇÃO E OS 10% DO PIB.



          Todos falamos em educação, na importância que isso tem para o nosso desenvolvimento, é o assunto do momento em qualquer discurso político, de esquerda e de direita, falamos em aumentar as verbas para 10% do PIB, sem entretanto haver melhoras significativas na educação dos brasileiros.
          Continuamos a ser ranqueados nos últimos lugares em quaisquer listas que se fizerem.
          A educação é fundamental para o desenvolvimento de todos os países.
          Não entendemos ainda, que os países deitados em berço esplêndido, com imensos recursos naturais, extenso território, sem terremotos arrasadores e extremos climáticos, nada são se não souberem aproveitar a riqueza que esses recursos podem gerar.
          Ao contrário daquele discurso “imperialismo, colonizadores, exploradores das nossas necessidades”, deveríamos entender, que “eles” tiram vantagem, por que sabem processar e industrializar os recursos naturais, nós no máximo sabemos extrair.
          O essencial é entender que “eles” são ricos e desenvolvidos, não pelo fato de nos explorarem, mas por agregar às matérias primas conhecimento, tecnologia, novos usos.
          A nossa escola, está tomada de sindicalistas, que invariavelmente fazem greves, com o consequente comprometimento do ensino.
          Se é que se pode chamar de ensino, aulas focadas em ideologias, mais que no ensino de matemática, ciências e português, essenciais para a necessidade de compreensão do mundo no futuro.
          Sindicalistas podem não ser, mas parecem mais interessados na perpetuação do poder, que na implantação de melhorias que pudessem contribuir com o sucesso da sua atividade e, portanto contribuir para a excelência do ensino.
          Continuaremos ter imensos recursos naturais, a geografia nos favorece, mas continuaremos a ser “explorados”, pois não sabemos agregar conhecimento às nossas matérias primas.
          O ensino ganhou importância.        
Jamais vimos tanta necessidade de apender, de conhecer e de ser apto a se adaptar as necessidades ampliadas em horizontes mais e mais distantes e diversos.
Se quisermos ensino de qualidade, precisamos frear os sindicatos, implantar e valorizar méritos, envolver as comunidades, os governos, os pais, diretores e professores.
A questão professor é importante neste contexto, pois estamos há muito tempo ouvindo que é uma categoria desvalorizada, insuficientemente dignificada.
Estamos usando a escola, para apaziguamento social, para nivelamento por baixo dos anseios e necessidades da população, treinando os futuros trabalhadores e motores do desenvolvimento em assuntos não mesuráveis, como afeto, higiene, valores da vida, valores sociais (ideológicos).
Não necessitamos de uma escola inclusiva, seja lá o que isso signifique.
Necessitamos de uma escola que ensine matemática, português e ciências.
Assuntos que poderiam sim, melhorar nosso desenvolvimento.
O artigo em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social no site www.idebnaescola.org.br, resume o pensamento corrente no meio:
- “O importante dessa escola não é o Ideb, mas o fato de ser uma escola inclusiva”, pois recebe alunos de áreas de baixa renda etc.
- Contraria a lei que obriga as escolas fixarem em placa visível à nota do Ideb, “... pois sua aprovação traria grande dificuldade à secretaria, que se veria atolada de pedidos de alunos de escolas ruins querendo ir para escolas boas, e também causaria grande estigma aos professores das escolas ruins.”.
Enquanto existir a imagem distorcida de que a escola faz de tudo, sobra pouco tempo para ensinar conhecimentos básicos para toda a vida.
Enquanto a compreensão das ciências, a capacidade de compreender e interpretar textos, com foco no aluno, não for à prioridade, não chegaremos ao primeiro mundo.
Os governos relativizam os índices, Ideb, Pisa dentre outros, sobretudo se não representarem exatamente os discursos que proferem.
Na imprensa proliferam campanhas anti bulling, relatando a violência contra professores nas escolas... mas qualidade de ensino que é bom...
Portanto muito caminho a ser percorrido ainda teremos.
A valorização, dignidade e reconhecimento ocorrerão, mas certamente muitos gestores e professores precisarão mudar a forma de pensar e agir ou não terão espaço.
Depende sobretudo de nós, pais, avós e comunidades a pressão para não nos satisfazer por nossos filhos, estarem na escola.

Os alunos precisam estar na escola para aprender a serem capazes de produzir conhecimentos e evoluírem e não para não estarem na rua e aprender coisas que “não devem”.

SENHOR PREFEITO ACM NETO


Acreditei e ainda acho que dos candidatos apresentados o senhor despontou como promessa de sem ter um discurso populista, ser popular.  Sem experiência, ser sensato.
Enfatizo, ainda acho.
No entanto a nossa cidade, não nasci baiano, mas estou aqui há 12 anos, precisa de ações que não dependem só do senhor, mas também do envolvimento de todos os soteropolitanos, ou pelo menos, da maioria.
Claro. Alguém tem que capitanear.
Eu não creio que seja possível, em pouco tempo, mudar a cultura que temos arraigada cujo principal comportamento é não assumir nossa parte, mesmo quando os maiores beneficiários somos nós.
Jogamos lixo pelas janelas dos veículos, jogamos na calçada, praias.     Fazemos necessidades fisiológicas em qualquer lugar.
As calçadas quando existem estão tomadas de ambulantes, carros, obstáculos diversos.
Achamos que alguém tem que resolver.
Para ficar claro, venho de uma família de agricultores.
Meu avô tinha por hábito limpar os bueiros, valetas e roçava as margens das estradas vicinais que passavam pela sua propriedade sem nunca cobrar da prefeitura pelo trabalho. Ele era beneficiado pela conservação da estrada e como os vizinhos também faziam isso, todos tinham estradas, relativamente transitáveis. Evidente que algumas obras exigiam máquinas, novos traçados... Aí então, a prefeitura entrava.
Moro na Ladeira do Desterro, em Nazaré.
Diariamente, circulo pela região da Fonte Nova, Campo da Pólvora e Joana Angélica.
Passamos por obras, iniciadas em meados de 2012 e estão se estendendo até hoje, nas calçadas, que acredito visavam mobilidade urbana, pois tem sinalização para deficientes visuais, acessos para cadeirantes.
Mas prefeito, essas obras carecem de término, detalhes que infernizam nossa vida.
Os restos da construção ficam largados em montinhos que a chuva e vento se encarregam de espalhar, as sarjetas por onde a água devia escorrer, não foram terminadas, os acessos para cadeirantes e sinalização para deficientes visuais, terminam em obstáculos (água acumulada, buracos ou desníveis instransponíveis), não daria para exigir das empresas a finalização?
Acho que podemos estender para a cidade toda.
Muito comuns são as calçadas irregulares, exigindo que os pedestres disputem espaços com os carros nas ruas, não dá para fazer um decreto, com prazo para os proprietários regularizarem?
Casas e marquises despejam a água diretamente nos pedestres. Não se pode determinar que estendam os canos de esgotamento até a sarjeta?
A colocação do lixo para a coleta é feita de forma irregular e aleatoriamente, é comum vermos gente e animais revolvendo e arrebentando as frágeis embalagens, espalhando lixo, aumentando o trabalho dos garis e recolhedores nos caminhões da coleta de lixo.
Será que uma campanha bem feita, algumas multas, alguns containers, incentivos a coleta seletiva não resolveria a maior parte do lixo espalhado?
Minha mãe vive numa cidade com 200 mil habitantes em Santa Catarina, o lixo não reciclável é recolhido pela prefeitura, uma vez por semana nos bairros, no centro duas ou três vezes. O lixo reciclável é recolhido por membros de cooperativas de reciclagem. Não há lixo nas ruas.
Os funcionários de prefeitura, que cuidam das podas de gramados e retiram as plantas das calçadas, poderiam recolher os resíduos gerados. Por que ficam acumulados, sem o recolhimento imediato, entupindo nossas sarjetas, bocas de lobo e calçadas?
Impossível aceitar que a Av. Mario Leal Ferreira, seja varrida manualmente somente. Existem máquinas apropriadas, fariam de madrugada, sem risco para o gari, que seria alocado para outro local, onde a máquina não poderia atuar.
Estive por 15 dias na Cidade do México em turismo, plana, sem rios.
Não tem cheiro de esgoto, não há água acumuladas nas ruas, não há lixo no chão e nem caixa coletoras nos postes, não há banheiros fora dos edifícios e praças (públicos ou privados) e nem gente fazendo necessidades fisiológicas em qualquer lugar.
O revestimento das ruas e calçadas é praticamente perfeito.
Os garis recolhem folhas de árvores, muitas árvores.
O transporte público tem metrô, trem, ônibus, micro-ônibus, táxis e o metrobus um ônibus para 160 passageiros, todo automatizado, cartão magnético, estações protegidas, vias exclusivs. Você coloca o dinheiro, cartão magnético (crédito ou débito), retira outro cartão com o valor que você inseriu, passa por uma roleta com leitor magnético e pronto. O custo desta viagem equivale a R$ 1,00 (se você tiver que comprar o cartão pagará mais R$ 1,00).
Não tivemos dificuldade de usar o sistema, sem ser fluente em espanhol e sem auxílios mais agudos. Aqui em Salvador, eu tenho dificuldades de usar ônibus, imagine um estrangeiro.
Abundam informações turísticas e nas esquinas mais movimentadas, botões de emergência. (polícia, médica... aperta o botão e fala com um atendente).
O único senão, é a poluição atmosférica, problema que não temos.
Creio que a parte burocrática não deva ocupar muito do seu tempo, mas o estabelecimento de metas e prioridades sim.
Cuidar das praças, canteiros, árvores e jardins e da aparência de modo geral, cria nas pessoas um pouco de responsabilidade de conservação, provado pela teoria da janela quebrada.
Essas medidas custariam pouco aos cofres públicos e criariam uma sinergia entre empresas e cidadãos, entes públicos e privados que seguramente aumentaria num circulo virtuoso, na medida em que os resultados começassem a ser notados.
Algumas medidas não seriam simpáticas, mas quais as lembranças dos primeiros anos de escola nos marcaram? As aulas de mestres que mais nos davam liberdade ou dos que mais nos ensinaram, portanto nos disciplinavam?

É a chance de fazer a diferença, na cidade que nossas famílias irão crescer. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

PERDA DE VALORES SOCIAIS – IGREJAS E ESCOLAS


Houve um tempo, não muito distante, na minha infância, com bastiões morais e locais sagrados intocáveis.
          Na minha infância desrespeito a professores, padres, escolas, igrejas e outros equipamentos públicos eram punidos exemplarmente com a execração comunitária dos autores e todos temiam as consequências de tais provas de falta de civilização.
          Normalmente as comunidades se responsabilizavam pela manutenção e limpeza de seus templos, praças, escolas em mutirões convocados para isso.
          Claro nasci e cresci numa comunidade rural, onde todos se conheciam e conviviam, numa grande cidade como Salvador, isto é um pouco mais difícil, mas não é impossível.
          Nesta semana, apareceu nos jornais uma estatística assustadora. Em todas as escolas estaduais, situadas em Salvador (BA), existem casos de ocorrências policiais e muitas vezes, professores e outras vítimas sãos aconselhadas pelas respectivas direções a não relatar as ocorrências às autoridades, para evitar que a escola seja visada.
          Acredito estarmos numa encruzilhada.
          Um caminho aponta para mais do mesmo, aumentar muros, rondas policiais, aumento de vigilância.
          Outra opção que acredito ser a solução é envolver a comunidade, autoridades, pais e professores.
          Resgatar a autoestima dos professores, também deve ser um objetivo.
          Esta autoestima lapidada permitirá que os mestres voltem a sê-lo.
          Não serão amiguinhos, bonzinhos. Serão autoridades.
          Serão autoridades reconhecidas pelos seus alunos, imporão disciplina, estarão qualificados e estimulados e comprometidos com os resultados dos seus alunos.
          Aliás, autoridades sempre são de dois tipos: As instituídas e as reconhecidas.
          O melhor dos mundos é quando a autoridade instituída é também reconhecida.
          As autoridades instituídas, se também forem reconhecidas, são motivadoras, inspiradoras e aceleram a evolução que almejamos, pois estimulam e inspiram.
          Ensinam os caminhos.
          O respeito a valores morais e sociais que nossas igrejas, escolas, padres e professores representam, juntamente com instrumentos e aparelhos públicos como os ônibus e praças, são proporcionais ao respeito que temos por nossas autoridades morais, nossos instrutores e até elas nossas autoridades constituídas.
          A nossa falta de perspectivas com o nosso futuro, a falta de quem nos espelhar, a falta de punições exemplares, nos remetem a tempos de vale tudo e da lei do mais forte.
          Devemos dar um basta nisso, ou estaremos a caminho da nossa destruição como sociedade e onde sobrarão dores e perdas.

terça-feira, 9 de abril de 2013

VIAJE MAIS PRESIDENTE



     Infelizmente esse conselho é dado pelo presidente da Odebrecht. http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1258560-marcelo-odebrecht-viaje-mais-presidente.shtml
     
     Nada errado quando o “prestígio” do ex-presidente Lula, seja “comprado” no interesse legítimo que as empresas tem de crescer e prosperar.

     No entanto, não é compreensível explicar e justificar com veemência um fato perfeito e claro, nem é possível ficar sem imaginar horrores, quando países alvos das visitas de Lula e interesses comerciais da Odebrecht, como Angola e Cuba recebem verbas do BNDES, carimbadas como secretas pelo ministério do desenvolvimento.

     Essa forma de governar onde o público (estado) / privado (empresas amigas e governantes) constantemente se confundem, seguramente os discursos raramente declaram suas intenções.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ONDE ESTÁ A VERDADE

     Não sei o que está acontecendo.
    
     Não gosto dos conchavos que se arrumam, sobretudo os da América, abaixo do equador.
     
     Imediatamente alinhados, Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
     
     Não por interesses econômicos, geográficos e para o desenvolvimento comum dos seus cidadãos, mas para a supremacia e autopromoção de seus "salvadores da pátria", invariavelmente populistas  sem muitos pudores quando se trata de defender seus interesses pessoais comuns, a perpetuação no poder.
    
     Tudo vale para o fim, não existem coerências, limites morais e princípios éticos.  São adaptados aos sabores das necessidades de ações para o objetivo.
    
     As favas os discursos, eles só servem para coletar apoios e portanto sempre são adaptados as plateias, geralmente militantes pagos para garantirem aplausos e coibirem protestos.
     
     A manutenção dos apoios é um pouco mais onerosa. Implica necessariamente aparelhamento de estado, propaganda de promoção própria e de aliados, acesso a fatias de verbas públicas (sob a desculpa da governabilidade) e escândalos que produzem eventuais crucificados pela causa,  necessários para servir de anteparo para os tropeções dos salvadores.
     
     Onde estão a classe artística e a classe intelectual, históricos defensores da "esquerda progressista"? Que não denuncia os desvios, maracutaias e enganações (satisfeita, cooptada?).
     
     Os interesses que movem esses progressistas alinhados, não são os dos seus cidadãos, mas seus interesses pessoais.
     
     Para a defesa dessas idéias vale tudo, exceto respeito a lei.
     
     Se as promessas não deram certo, é porque "eles" nos boicotaram e não porque nós erramos ou fomos incompetentes.
     
      

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SIMPATIA E CIVILIDADE


            Confundimos basicamente civilidade com simpatia.
         Ser simpático é desejável, embora nem sempre seja possível.
         Ser civilizado é sempre possível.
         Costumamos exigir simpatia dos famosos, dos políticos, das autoridades.
         Não costumamos exigir a civilidade.
         Ser simpático é muito fácil, sorrir solto, dizer o que querem ouvir e pronto. Somos uma simpatia.
         A civilidade exige mais, exige que tenhamos em mente, o que é certo, o adequado, o necessário, pode não ser o mais agradável, mas é o que tem os resultados mais proveitosos.
         Para ser simpático, não cobramos os nossos direitos e por comodidade muitas vezes toleramos e infringimos normas que com o tempo causam erosão das bases do que se propõe proteger (amizades, convivências).
         Nas autoridades, acaba sendo irônico o procedimento, pois tem a delegação e a incumbência legal de tomar as decisões necessárias e às vezes não às toma por serem pouco simpáticas a parte do seu eleitorado mais estridente.
         Autoridades são especialmente sensíveis às questões sociais, e especialmente lenientes quando se trata da exigência do cumprimento de leis pela parte da população “mais carente”, como nos casos de invasões de áreas, ocupações irregulares, informalidade.
         Procedimentos que no longo prazo prejudicam mais “os mais carentes”, que embora com um investimento financeiro, de tempo, de preparação maior inicial, não precisariam consertar os problemas mais tarde, não raro, após tragédias.
         Deveria ser possível responsabilizar as autoridades por omissões simpáticas, como quando ao não coibir uma invasão, uma construção em área de risco a abertura de um negócio sem os devidos respeitos a legislação, sobrecarregam a sociedade.
         Criminosos cometem atrocidades geralmente impulsionados não pela necessidade de sobrevivência, mas pela conveniência, pela escolha de um modo de vida.
         O camelô, o flanelinha, o vendedor de lugares na fila, os cambistas, os comerciantes legais, os investidores na bolsa de valores, os investimentos imobiliários, dentre outros, todos o fazem com o objetivo de lucro.
         A diferença é que algumas ações são legais, outras não são.
         Inconsequentemente muitas vezes permitimos, toleramos e tentamos justificar com um bordão como: é preferível um ambulante que um assaltante, oras quem não haveria de preferir?
         O fato é que ser simpático evita os necessários conflitos que impulsionam a evolução.
         A civilidade permite que os pontos de vista diversos sejam expostos, gerando os conflitos que permitirão uma solução evolutiva progressiva e não caótica e de conveniências, onde as pessoas quase sempre se portam como uma manada que estoura ao menor sinal de problema, sem ter a noção de que as pessoas atingidas também são as causadoras dos próprios problemas.
         Preocupamos-nos mais com a repercussão de discussões estéreis de fatos criados e propagados pelos meios midiáticos que com os reais dos quais somos parte.
         Ser simpático é isso, estar mais preocupado com o que o famoso comeu, quem está namorando, com a roupa que usa, que com a relevância que isso tem para o nosso dia a dia.
         Ser civilizado é ver a mesma notícia, mas ver que ela pouco ou nada acresce à nossa vida e voltar a ver o dia a dia, com os desvios de recursos, a falta de serviços públicos de qualidade e a falta de civilidade, oneram demais algumas pessoas que por caráter ou formação, não se conforma e tenta remover os obstáculos e os inertes.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MINHA CASA, MINHA VIDA

     Não tenho nenhum interesse especial, nem faço estudos aprofundados sobre o assunto.
    Opino sobre o que vejo pela imprensa e o que sei de ver os fatos gritantes nos ambientes onde vivo e passeio (conheço bem o centro de São Paulo, do Rio e de Salvador).
    Os bairros do centro das metrópoles, são abandonados. 
    Se a cidade é histórica como é o caso de Salvador, na Bahia, abrigam casarões e prédios históricos que são tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
    Desconheço as leis pelas quais esses prédios devem permanecer a mercê do tempo, escorados para não cair sobre os pedestres e carros.
    Uso a lógica.
    O Minha Casa, Minha Vida parece um projeto bem intencionado e no conceito serve para todos, pois gera empregos na construção civil, atende os mais necessitados dando acesso à moradia e envolve a Prefeitura Municipal, o Governo Nacional e empresários.
    É claro podem haver enganos e pessoas mal intencionadas. No entanto, parece que neste caso, todos perdemos em prol de interesses inconfessáveis, que estão em todas as obras, de alguns.
    Ganham os empresários que lucram sem riscos, ganham os políticos  que fazem proselitismo e ganham eleições, ganham corruptos que facilitam acesso, revendem e etc...
    Só não ganha quem realmente precisa, o que não tem uma casa decente.
    O Minha Casa, Minha Vida fere a lógica, quando ergue moradias longe de qualquer infra-estrutura, exigindo do município uma contrapartida em vias de acesso, postos de saúde, segurança, meios de transporte e condena os futuros moradores  aos infindáveis deslocamentos para qualquer serviço que necessitarem.
    Fere a lógica também quando, deixa os imóveis tombados no centro serem consumidos pelo tempo e servirem de abrigo a toda sorte de delinquentes e animais, depósitos de lixo, entulhos.
    Esses imóveis poderiam ser restaurados em suas fachadas e adaptados em seus interiores, para acomodar projetos menores, aproveitando toda a infra- estrutura existente, sem maiores dispêndios. De quebra ainda teríamos, os centros ocupados, mais seguros, exigindo menores deslocamentos e impactando menos no trânsito. Por que não se faz? 
    Só posso imaginar que os interesses não sejam os benefícios sociais, mas é mais uma forma de recursos públicos serem transferidos para bolsos privados ou estão mais interessados nos próprios interesses e menos no Brasil que dizem defender.

domingo, 6 de janeiro de 2013

OS NOVOS PREFEITOS - OS PARADIGMAS


       Os novos gestores, sobretudo os de primeiro mandato, reportam nos mais diferentes rincões, problemas de toda ordem.
     
       Naturalmente, faltarão recursos para suprir todas as necessidades, é normal.
      
       Aliás, administrar é gerir e priorizar as necessidades de modo que com menos recursos se possa conseguir os melhores resultados, levando em conta diversas características específicas de cada situação.
        
        Entretanto algumas medidas se revelam gerais:
        
        Coleta e administração de lixo, esgotamento sanitário e resíduo;
        Respeito às normas de trânsito e acessibilidade;
        Convivência (lei do silêncio, manifestações) e ocupações irregulares;
        Melhoria na educação, sobretudo na qualidade do ensino básico.
        
        Acredito que apenas excepcionalmente haja necessidade de dispender mais recursos que os já aplicados nos respectivos orçamentos.
        
        Fala-se muito em sustentabilidade, reciclagem, custo-benefício. Falta mesmo é ter uma idéia do que se quer dizer e aplicar na prática.

        Acho também que prefeitos, não precisam ser simpáticos, que a maioria de nós confunde com urbanidade e civilidade.
         
        Algumas medidas que são   obrigação da prefeitura, como  fiscalização e 
normatização tem de ser eficientes e não simpáticas, visam o bem comum.
  
        A simpatia, a necessidade de agradar com ações paternalistas, tem por resultado empurrar a solução para longo prazo, maquiando as causas.

        É tomar analgésico, quando se deveria tratar a causa.

       Temos que ter em mente, que assim como direitos, também temos deveres, vivemos em sociedades complexas, interagimos.

        As interações humanas dependem basicamente da importância que damos a elas e não de normas exaradas em profusão, para todos os eventos.

        Portanto,  os  prefeitos só  serão bem sucedidos, se fizerem um pacto com a sociedade, envolvendo-a, fazendo cada cidadão descartar o lixo de forma adequada, não estacionando nas calçadas, em filas duplas, conservando suas calcadas, não construindo suas casas em áreas perigosas, juntar-se com a escola na educação do seu filho.
          
        Se a prefeitura e cada cidadão também fizerem sua parte, atingiremos outro estágio na civilização e bem estar.

         Vencemos um  paradigma do estado provedor e não mais aceitaremos gestores medianos. 

         Exigiremos os melhores e evoluiremos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

CORRUPÇÃO, A HERANÇA DE LULA

     Onde houver homens é muito provável que lá tenha alguns comportamentos condenáveis pelas leis estabelecidas para aquele grupo.
    O ruim dos tempos em que vivemos em nosso país, é o estabelecimento de um status do tipo chegou a nossa vez.
   Não podemos ser transigentes com o descumprimentos das leis vigentes nem tampouco com o famoso jeitinho, na versão pejorativa.
  A convivência em sociedades civilizadas exigem que todos cumpram o acordado, pois, igualamos a todos no cumprimentos de deveres e portanto no respeito aos direitos individuais.
  Os oito anos do governo de Lula, nos dois de Dilma, vimos avanços na área econômica, de saúde e até educação,(embora ache que poderíamos ter evoluído mais).
   Mas a maior marca é com certeza a corrupção. 
   Não adianta dizer que nunca se apurou tanto, nunca se prendeu tanto e que também existia noutros governos e existe nos meios privados.
   O fato é que nunca o executivo se fez tão próximo de escândalos como o de Lula e Dilma com tantos servidores do primeiro escalão acusados e até demitidos, mas ainda assim, está no ar a falta de punição, ou o crime compensa.
    Muitas vezes são exaltadas as biografias dos envolvidos, como se isso os tornasse inimputáveis. 
   A corrupção dos meios privados é de competência de cada gestor privado, para preservar seus recursos, mas a dos públicos me atinge. 
   A cada centavo do orçamento público não aplicado devidamente, empobrece os mais pobres, faltando recursos para a escola, para o   posto de saúde, segurança pública, desvia dinheiro de pesquisas, saneamento e outros bens e serviços públicos em demanda.
  A não punição ou punições percebidas como inferiores às merecidas, estimulam os delitos.
   A sociedade pode não saber votar, visto que elegemos aberrações, mas  certamente sabe se adaptar aos novos ventos. 
   A corrupção não é só a do governo, está no nosso dia a dia, quando sonegamos um impostinho aqui, estacionamos em local errado ali, subornamos o guarda, um gatinho acolá, compramos produtos piratas.
    A dos governos é muito  danosa pois tem um efeito didático, o "sucesso" a ser seguido.
   Torna-se penoso  seguir os trâmites normais, quando parte das pessoas consegue atender suas necessidades, com expedientes condenáveis.
    Portanto o governo, tem o dever de punir exemplarmente e manter toda sorte de vigilância, para não prosperar o mau exemplo.
     Deveria saber que na condição de líder, o exemplo é mais eficaz.
     É melhor e mais aceito o siga-me que o avancem.