quarta-feira, 31 de março de 2010

Autoridade e Educação

   A nossa educação escolar, a meu ver, depende muito da autoridade dos professores. Para mim autoridade e a capacidade de se impor hierarquicamente em assuntos qua não podem ser objeto de negociação, caso por exempo da disciplina e nescessariamente é conseguida pelo exemplo, pela postura, pelo acerto das decisões, coerência. Como posso seguir alguém que diz uma coisa e faz outra. Posso me impor pelo autoritarismo, eu mando, em posso, sou mais forte, sou o chefe.

   Para mim, sem modéstia, na sociedade de modo geral e na escola em particular faltam autoridades, ou seja, aquelas pessoas que cativam seguidores pelo exemplo, idéias e atitudes. Temos dificuldades de ver pessoas com posições claras, de saber quem é contra ou a favor. Os pais não são mais pais, são amigos dos filhos. Amigos não estabelecem limites, descobrem coisas juntos. Ser amigo do seu filho vale para casos específicos, imagine-se numa situação nunca antes vivida, por exemplo a dor da perda de um ente querido (especificamente no apoio mútuo), mas, nas situações do dia a dia nem pensar. Tenho amor aos meus filhos e enteados mas isso não muda minha condição de pai e padrasto. Educo para o mundo, a minha experiência de vida deve ser passada aos meus descendentes para que possam ser mais sábios que eu, pois saberão o que sei e mais o que aprenderem.

   Na verdade a autoridade exige compromisso e autoridade nem sempre é simpática. Deve ser coerente e correta. É intransferível, cada um tem que fazer a sua parte. Na educação é fundamental que os pais, os professores, a sociedade em todos os segmentos cumpra suas obrigações. Enquanto os pais se livram dos filhos e os professores dos alunos, o cidadão submerge e aparece o marginal, tratado pela polícia e estatísticas.

   Acho que só a falta de autoridade justifica que alunos cheguem armados na sala de aula, usem a escola como posto de tráfico de drogas, ameacem os professores fisicamente.

   Parei de lecionar a quase vinte anos, fisicamente mudei muito, inclusive, resido a mais de 3 mil quilômetros de onde fui professor, raramente passo na cidade onde fui professor, mesmo possuindo um imóvel lá.  Quando passo nas ruas, nessas raras ocasiões alguns alunos me reconhecem e me cumprimentam, acho isso uma prova de autoridade.

    Como devo ensinar ao meu filho respeito aos outros se eu mesmo não respeito, como exigir que coloque o lixo nos coletores, se eu coloco no chão, que goste de leitura se não leio e etc...

   Enfim, se o que digo e o que faço forem iguais é o mais efetivo dos ensinamentos.
  

terça-feira, 30 de março de 2010

Cooperativismo

   Sou um defensor ferrenho do coperativismo. 

   As cooperativas juntam pessoas que tem objetivos similares em grupos com o fim de somar esforços e melhorar os resultados finais de todos.

  Os indivíduos não são anulados ao contrário, a sua individualidade é enriquecida com a experiência e convivência com seus pares. 

   O conhecimento, o saber, as informações quanto mais divulgadas, mais crescem e produzem frutos e aliás, só são úteis para a sociedade se públicas. Falo da sabedoria de modo geral, da ciência.  É claro que tem informações que não podem ser públicas, como a senha do banco, o nome da(o) amante...

   Eu acho que é por isso que a agroindústria do nordeste capenga, importamos quase todos os cereais, legumes, verduras e laticínios que consumimos.

    As cooperativas poderiam bem importar conhecimento e tecnologia, empregar veterinários, engenheiros agrônomos, técnicos agropecuaristas, administradores, contadores... tornando mais eficiente as técnicas produção, estocagem e comercilização dos produtos agropecuários. Nas cidades poderiam ser empregadas na reciclagem, na coleta de lixo, na educação, segurança, na construção de conjuntos habitacionais (sem desvios, claro)... não só no transporte alternativo (ilegal?) e táxis como hoje.

     É claro nem todos os problemas seriam resolvidos desta maneira, mas certamente estariamos a caminho.

   
  

Politicamente Correto

   Estou insatisfeito com o crescimento da onda do politicamente correto. Para mim, a discriminação e ofensa não está no uso do vocábulo, mas na forma e contexto em que se faz uso. De que maneira a palavra cego é ofensiva, e deficente visual não é. Neste caso em especial a palavra cego é exata, define quem não tem visão e ponto. O deficiente visual é uma informação imprecisa que demanda mais explicações.

   O que dizer então dos afro-descendentes, se tem a pele escura, mas seus pais nasceram na américa o que ele é? Se por outro lado ele é branco, mas nasceu na África, o que ele é?

   O que dizer das maluquices das revisões das histórias infantis. Qual criança não sabe que não deve atirar o pau no gato, pois alguém vai reclamar. Todas as revisões viram uma coisa chata.

   O que seria do humor sem as piadas de gaúchos, judeus, portugueses, japoneses, Pelotas, Campinas, nordestinos, cariocas, mineiros, paulistanos... só se ofendem os "deficientes intelectuais", os inteligentes aproveitam a deixa e engatam a conversa. 

   O tempo que se perde com essas discussões estéreis são como a maquiagem: esconde o defeito mas não resolve o problema.


segunda-feira, 29 de março de 2010

Esse País...

   Imaginem, O presidente fala besteiras, pisa na bola o tempo todo ( é so deixá-lo falar), faz pouco caso das leis (mensalão, lei eleitoral) e a popularidade só sobe? Deduzo que estejamos vivendo num faz de conta, completamente alienados.

   BBB dá 125 milhões de votos, descontados os incapazes, as criancinhas, os isolados, dá mais de um voto por brasileiro, realmente é por isso que somos o país do futuro, só nos resta a esperança.

   As primeiras chuvas chegaram a Salvador, apesar das placas de obras emergenciais da "operação chuva", alagamentos, desmorronamentos e etc...

   A imprensa se autoproclama "independente', "imparcial", e etc... no entando ler as mais diversas revistas, jornais, telejornais, dá no mesmo. As notícias são as mesmas, eventualmente mais extensas ou menos detalhadas, mas parecem originadas no mesmo quarteirão.
  
   Deveria ser possível impedir tanta televisão aberta com programas religiosos, e governamentais em horários nobres, não é por que se tem dinheiro que se pode falar qualquer bobagem, nem por termos assegurado o direito a livre expressão que podemos impor a todos a nossa vontade. Quem garante que sejam boas as intenções desses ungidos?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ser ou não ser.

   A campanha política corre solta, embora esteja proibida pelo TSE. Eles fingem que não fazem e nos somos lesados duas vezes, pagamos para ouvir mentiras e pagamos os que fingem nos defender.

   A educação pública em Salvador está um caos. A estadual fecha escolas sem aviso prévio, pune diretores por ousar reclamar e a municipal... começou o ano letivo com greve (quase 30 dias) e escolas estão sem carteiras para os alunos sentarem. Mas apesar disso tudo o mais grave é que ao andar pelas ruas, 10 horas da manhã, encontra-se multidões de alunos próximos as escolas, não estão estudando. Se o aproveitamento é precário em sala de aula, imagine fora.

   O Lula fala o que quer, quando e como quer, nada abala a popularidade de "sua santidade" . Estamos sem estradas, aeroportos no limite, telefones caros, carga de tributos crescendo, saúde ao Deus dará, o estado inchado, sindicatos, empresas públicas, UNE e ONG's aparelhados. Os ganhos que tivemos nos últimos anos poderiam ser maiores se "os sábios" do momento tivessem humildade e discutissem com a sociedade soluções necessárias e sobretudo não tivessem tanta necessidade de autopromoção e comparar-se com os governos passados. " nunca antes, na história desse país..." 

   Estamos comemorando crescimento do PIB zero. A "alegria" é que nos outros países o PIB foi negativo. Não consideramos que estávamos quase parando nos outros anos, enquanto os outros países comemoravam crescimentos nos estávamos entre os que menos cresciam. É um conformismo que me assusta, pois deixamos de aproveitar os ventos fortes e agora comemoramos que estamos parados. Seu filho não cresce, sua idade não avança, seu carro e imóvel não ficam velhos...

   Ganhamos na OMC direito a compensar perdas com os EUA. Beleza, e daí? Dependemos tecnologicamente de equipamentos, máquinas e tecnologias produzidas lá,  aumentando as taxas, aumentamos o custo das aquisições, se procurarmos outros fornecedores é provável que estes também aumentem os preços (certamente acontecerá com o trigo), portanto, e daí?

   O governo fala em "agricultura familiar". Tenho a impressão que não sabem do que estão falando. Por definição é pequena, artesanal, pouco eficiente. Não vejo incentivos para novas tecnologias, ao cooperativismo, a capacitação dos pequenos agricultores, a assistência técnica. Querer que o pequeno agricultor se conforme com a sua situação de dependência e não acesse aos confortos da vida moderna é equivalente a condená-lo ao atraso, colocando-o á margem da sociedade.

   O prefeito de Salvador, João Henrique, disse em recente entrevista á Rádio Metrópole, que os problemas de trânsito da cidade, em parte, é culpa das concessionárias, que vendem automóveis em até oitenta vezes. Acho que ele não sabe o que é gerir, governar, ser prefeito.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Observações diárias.

   Um comercial veiculado à exaustão nos meios de comunicação baianos, diz que 80% dos assassinatos na Bahia são causados pelo e para o consumo de crack. Temos a polícia que mais soluciona crimes no país. Pela minha lógica se sabem que foi devido a tal droga, sabem quem cometeu, ou estão "chutando"? O CEDEP (centro de documentação e estatística policial)disse ao Correio da Bahia não ter estatísticas de quantos motoristas de táxi foram  assaltados em 2009, em resposta a repercussão de um assalto a um taxista, taxeiro(baianês), que resultou na morte de um feirante.

   O nosso Prefeito, um iluminado, disse que a culpa dos engarrafamentos na cidade é das concessionárias de veículos, pois vendem em até 80 meses. Logo pela minha lógica, ele não quer que compremos carros, que melhoremos de vida. Ele não conta que falta ordenamento(estacionamentos em locais impróprios, cargas e descargas a qualquer hora, trânsito sem planejamento, metrô em construção a quase 10 anos, sistema de ônibus que não funciona...) coisas que dependem basicamente dele.

   É carnaval, época de vermos um monte de meninas coxudas, musculosas e em trajes mínimos. Cadê aqueles corpos femininos macios, curvilíneos, fofinhos. Parece que a beleza deixou de valorizar características inerentes e passou a valorizar um ser andrógino.

   Concordo com Ruth Aquino (Revista Época), deveríamos extinguir o serviço militar obrigatório, (só vai para as forças armadas quem quer) e em seu lugar criar um "serviço civil obrigatório", onde nossos jovens prestariam serviços comunitários "voluntários" onde se fizer necessário. O país teria ganhos excepcionais. Vejam os milagres operados pelos projetos da Dra. Zilda. Imaginem os "filhinhos de papai" saindo de seus condomínios fechados e vivendo o mundo real.

   Nossas escolas não podem estar certas. Tive contato com alunos da segunda série, 8, 9 anos. Não sabem ler(soletram com dificuldade). O que fizeram em 2 anos de estudo? (posso estar sendo dramático e corro o risco de generalizar uns poucos casos, mas é o que parece).

   O nosso governo (Bahia) divulga que em 3 anos alfabetizou 400 mil pessoas adultas num programa chamado "TOPA". Um programa tão vitorioso deveria ser espalhado para o país inteiro, em menos de 10 anos nosso analfabetismo seria acabaria, ou novamente, "chutão"?

  



  


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quem são os ladrões?

   Há tempos me pergunto o porquê de tanta corrupção, violência gratuita e a absoluta falta de convenções sociais, embora algumas sejam hoje amparadas em lei, nunca precisei delas para adotá-las. Falo de respeito aos idosos, grávidas, deficientes etc... não jogar lixo nas ruas (nem tocos de cigarros, eu fumo), não estacionar em duas vagas, fazer o retorno, no trânsito, onde for permitido, mesmo quando signifique andar mais, ser pontual, não usar a buzina a torto e a direito, não invadir o sinal.   Eu acho que faço isso por ser um pouco egoísta, querer me dar bem, pois, se a maioria assim fizesse parte significativa dos nossos problemas diários não existiriam.
   Mas o porquê, na minha lógica, nascemos uma página em branco, uma história a ser escrita. Aprendemos de nossos pais, familiares, comunidades (escola, igreja, clubes, partidos políticos, instituições, televisão...), a viver a vida, o certo e o errado, as convenções. Se quem me ensina a falar, fala errado, também falarei, meus comportamentos, hábitos alimentares, higiênicos e etc... Também são absorvidos assim. Portanto uma criança mal educada é exatamente isso, mal educada. Alguém não a educou direito.
   Se uma criança vê um exemplo, vai repeti-lo. Sequer vai questionar.
  A vida em sociedade exige regras, sem elas não há segurança e civilidade, somente o mais forte vence.  Assim é a vida selvagem.
   A corrupção é parte do aprendizado. Quando aceito dar propina (uma cervejinha), fecho os olhos para a ilegalidade desde que me favoreça, dou um “jeitinho”, recebo troco errado e não devolvo para o caixa, estou sendo corrupto. Como indignar-se se na verdade estou é chateado por não ter levado o meu.
   A sociedade muda se nós mudarmos. Recentemente o “Fantástico” da Globo, encomendou uma pesquisa acerca do lixo das ruas em várias capitais (ruas centrais em 1,5km. não contando o lixo das lixeiras e o embalado, somente o atirado na rua). Na de menos lixo recolhido (30 e poucos kg.) os habitantes acharam a rua muito suja, naquela cuja quantidade foi maior, ( cerca de 1.030 kg) os habitantes acharam normal.  Como reclamar do lixo, se eu também coloco.
   Então quando vires alguém reclamar de alguma coisa observe seus atos. Essa pessoa pode ter razão ou pode estar magoada por não ter levado a sua vantagem.

Ah! A Educação

   Vivo em Salvador, lógico falo do nosso comportamento, no trânsito, nas ruas, nas lojas, no atendimento aos turistas e no dia a dia.

1  Ninguém respeita filas;
2  Ao passar pelo túnel Américo Simas, os iluminados ligam o pisca alerta;
3  Pelas ruas devemos nos desviar dos mijões, das cusparadas, dos lixos e camelôs, pedintes, carros e motos pelas calçadas;
4  Se fores turista em visita a locais históricos voce é atacado, cercado e não, não serve como resposta, chegue pelo aeroporto, o táxi cobra pela sua aparência;
5  As lojas, sobretudo as dos postos jamais cumprem horários nem para abrir e tampouco para fechar;
6 Motoristas param para conversar e descarregar mercadorias onde bem querem e entendem;
7  Chamar alguém de descarado e ou desgraçado é mais ofensivo que "porra!";
8  Poucos são os atendentes de lojas que sabem o que estão fazendo;
9  Vá à praia. Para estacionar depois de superar os osbtáculos da via, você ainda enfrenta a fauna de flanelinhas. Vencidos estes obstáculos vamos à barraca(quando tem), a mesa e cadeiras e guarda-sol, fácil, mas o serviço... o garçom não chega, música ensurdecedora, sujeira por todos os lados, banheiro...
10  Fala-se que tudo é festa. Experimente exigir seus direitos, mesmo após cumprir todas as obrigações;

   Falo pois sei que somos um dos destinos turísticos mais desejados do Brasil, temos sol e calor o ano todo e praias para todos os gostos. História, fomos sede de muitos fatos históricos e o que exploramos? Os turistas, deveríamos explorar o turismo.
   Não nos interessamos por nossos problemas, nossa história, sempre nos comparamos a outros com afirmações do tipo temos violência, mas quem não têm.
   Nossos museus, exceto raras exceções abrem às 9 horas e fecham às 17, sem abrir aos sábados e domingos, quem pode visitar?