terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UM PAÍS DO FUTURO


   Sempre  que  olho  à minha volta, percebo que  vivemos num país, onde faltam muitas coisas, mas sobretudo educação.
   A chegada de um governo que se diz esquerda, embora eu não tenha votado nele, porque comparativamente achava menos competente que seu adversário, não me deixou a princípio tão desanimado.
  No passar do tempo no entanto, vi que os interesses da turba, elevada a condição de governo (pelo menos para a maioria visível), são diversos dos do palanque e opostos aos interesses do país, uma vez que, embora governem em nome da maioria, agem para atender a si próprios.  
  As omissões na  defesa dos interesses da nação Brasil, quando existem disputas internacionais, como no caso da Petrobras na Bolívia e Venezuela, no caso de Itaipu com o Paraguai, entre outros e o alinhamento com lideranças de diversos países, que o mundo condena (alguns já mortos ou depostos) pondo por terra, décadas de uma diplomacia com posições elogiadas e ouvidas internacionalmente, com posicionamentos dúbios e ideológicos.
   Feitos e bordões são propagados em profusão e não raro, o projeto, a ideia,
lançado com estardalhaço demora a se concretizar.
   Em áreas críticas, como segurança e infra-estrutura, nem os parcos recursos orçados são aplicados.
  Entre 2003 e 2008, o mundo não passou por crises significativas, o país estava sem problemas com a inflação, o mundo crescendo e nós, o país do futuro, querendo emplacar nossas opiniões anti-imperialistas pelo mundo, mostrando nossas estatísticas na diminuição da pobreza, nas maravilhas do Sistema Único de Saúde (SUS), construindo universidades que até hoje funcionam precariamente e nas grandes realizações como nunca antes neste país...  
  Perdemos muito tempo.
 Os governos certamente não podem resolver todos os problemas da sociedade, mas poderiam não atrapalhar.
  O grave das ações governamentais é que tudo que se faz, é defender pontos de vista, desqualificando e agredindo as pessoas que divergem, sem argumentar, discutir e mais, cooptando organismos pretensos defensores da sociedade,jornalistas e meios de comunicação, com recursos públicos.
  Pão e circo.
  Investimos bilhões (públicos) em estádios para a copa do mundo, organizada pela FIFA, entidade privada, e após a copa, serão usados por clubes também privados.
  Capitalizou-se por exemplo o fim da hiperinflação, que propiciou aos mais pobres um crescimento de renda e misturou-se aos resultados da bolsa família, inflando artificialmente os ganhos desta última.
   Mas na educação, continuamos entre os piores do mundo.
  Nossos estudantes continuam entre os mais despreparados, as greves dos professores da rede pública, ameaçam os anos letivos, os materiais didáticos chegam atrasados, caros e as vezes, com falhas gritantes.
   Apesar disso tudo, nosso governo federal, acumula aprovações recordes.
  Então, enquanto não houver educação, seremos um país do futuro, não de futuro.

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