sexta-feira, 10 de junho de 2011

Os Professores

      Modestamente penso que estamos errados na educação.
      Estamos num circulo do qual não sairemos se não houver uma ruptura dos padrões.
      Os professores reclamam dos salários, fazem greves, afirmam que trabalham demais em vários empregos, diz que repõe as aulas durante as férias e fica por isso.
      As secretarias de educação e ou o ministério, usam a educação com um discurso político, as vezes até com viés ideológico onde a forma é mais importante que o conteúdo.
      Os pais não participam da escola e terceirizam a responsabilidade, como se educação também não fosse parte sua.
      A sociedade diz como um todo que a escola pública vai mal, como se os professores e as disciplinas não fossem os mesmos.
      Damos mais importância ao diploma que propriamente ao aprendizado.
      Tentamos, cada um a sua maneira resolver a falta de planos e metas públicas, tentando encher nossos filhos de cursos extras, matriculando-os em escolas a custos exorbitantes, numa  tentativa de como náufragos que somos nos agarrar a alguma coisa que flutue.
      Os cargos diretivos na área de educação, como de sorte os demais da administração pública, são ocupados por indicados da política partidária, onde a competência não é prioridade mas é a defesa dos interesses do grupo partidário ocupante do poder.
      Causa espanto que as maiores reclamações envolvam aspectos cosméticos, importantes mas acessórios.
      Falta de merenda, instalações inadequadas, falta ônibus, prédios novos.
      Tudo isso é muito importante e certamente interferem na educação, contudo não acho determinantes.
      Determinante é ter aula, professores estimulados, conteúdo apreendido, livros escolares e objetivos a serem atingidos.
      Existem reclamações de professores, dizendo que as comunidades não partipam, que se cobra de um profissional mal remunerado que seja herói.
      Existem mais atores nesta cena. No entanto, ninguém mais tem a capacidade e a possibilidade de juntar forças como eles.
      Violência nas escolas, alunos agredindo professores e colegas, drogas, indisciplina, bulling e etc...
quem se não os professores podem mudar as coisas.
      Acho que respeito pode ser imposto ou pode ser obtido por mérito. A segunda opção é a única que funciona na escola, com crianças naturalmente acostumadas a testar limites, as descobertas.
      As escolas, diferente das religiões, não podem vender esperanças. Tem de vender caminhos, possibilidades e alternativas e sobretudo ser a base sólida sobre a qual construiremos o futuro.
      Também temos que acabar com a impressão que temos que o curso superior resolve todas as nossas deficiências tecnológicas, nosso desenvolvimento. Muitos profissionais, não precisam mais que o ensino médio para exercer suas atividades perfeitamente.
      Acho inclusive que as universidades estão preocupadas em dar nomes pomposos a seus cursos, com ênfase nisso ou naquilo e menos interessadas em ter seus cursos atendendo as necessidades da sociedade.
      Médicos cometem cada vez mais erros bizarros, bacharéis em direito não são aprovados nos exames da OAB e por aí vai. Citei estes cursos somente para ilustração.
      Concluo que se não houver despolitização partidária e ideológica, que se os planos e metas não forem supra partidários e que suplantem as trocas de governos, não teremos solução.  Teremos que produzir muita soja e muitos bois para podermos comprar a tecnologia do exterior e veremos nossas favelas inflando e necessitando de mais bolsas, auxílios (esmolas?), pois não seremos capazes de prover o nosso sustento.

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