Recentemente nossa Secretaria de Segurança Pública, lançou um programa midiático de combate aos crimes e criminosos do estado da Bahia, imprimindo um baralho do tipo francês, com 52 cartas, ordenadas segundo o seu critério de importância na hierarquia do crime.
Feito o lançamento, cobertura da imprensa, fotos, entrevistas, elogios por todo o lado, prisão de um traficante escondido em São Paulo, que disse que não aguentava mais pagar mais de 500 mil reais em propinas mensais a policiais que permitiam que ele traficasse. A ampla cobertura da imprensa revelou a vida pregressa de tal sujeito com fotos da vida privada, momentos de lazer, relacionamentos e outras particularidades.
Tudo certo, agora vai.
Ledo engano.
Dos 52 mais procurados, 10 já estavam presos a cerca de um ano.
O mais incrível, quem descobriu o fato foi a imprensa e não a polícia.
É um fato estranho, imaginar que a polícia civil não saiba quem são seu presos, não saiba quem perseguir.
Não há caminho certo para quem não sabe onde chegar.
Não houve demissões, entrevistas e explicações da polícia civil, nem do governo do estado.
A justiça informou que como de costume, emitiu as comunicações de cumprimentos dos mandatos das prisões.
Então fica assim: eles fingem que fazem e nos fingimos que acreditamos.
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