sábado, 21 de maio de 2011

CORRUPÇÃO

     Acho que o mal deste país se chama corrupção.
   Mas ao contrário do lugar comum, acusar autoridades, assumo minha parcela e faço mea culpa.
   É só andar pelas ruas de nossas cidades, conversar com pessoas, observar comportamentos e soluções e lá está a corrupção, não a grande, a que dá notícia, das autoridades, de pessoas de destaque.                  
   Ela está no dia a dia, nos "gatos" de energia elétrica, nos camelôs que ocupam calçadas e concorrem com os lojistas, nas passagens de ônibus para estudantes usadas por familiares ou por pessoas que querem pagar menos, falsificando matrículas escolares, em benefícios do INSS obtidos com documentos e argumentos falsificados, nas seguranças que temos que pagar para organizações informais, (aliás porque os policiais não trabalham diariamente, como todos), nas embalagens abertas dos supermercados. Entre inúmeras outras que poderia citar, que embora individualmente, sejam transgressões pequenas, no fim somadas, tornan-se gigantes e encarecem todas as coisas, aportam recursos escassos para atividades que poderiam ser utilizadas em coisas mais úteis. Somadas essas pequenas corrupções aos maus comportamentos como jogar lixo na rua, estacionar nas calçadas, depredar monumentos e praças públicas, omissão de quem poderia fazer a diferença, deixa-nos num caos.
     Imagine-se no supermercado comprando frutas, grande parte delas estão inutilizadas pelo péssimo manejo, são atiradas, batidas, amassadas. As pessoas que podiam fazer a diferença, se omitiram e eventualmente sequer tem consciência de que são culpadas.
     Acho que a corrupção de autoridades gravíssima, pois se aproveitam de uma condição inalcansável para a maioria para se beneficiar em prejuízo da coletividade.  É um péssimo exemplo, mas há mecanismos de controle e que mais ou menos eficientes,  funcionam. 
     As pequenas corrupções, as do dia a dia, tendemos a nos adaptar a elas, pois pequenas que são, soam como pequenos obstáculos que vamos contornando para não nos envolver nas soluções.
     Há ditados populares que dizem que esses problemas não são de hoje:E de pequeno que se torce o pepino, pau que nasce torno, morre torto...
    Acho que é hora de começar a cobrar de todos comprometimento. Das escolas que eduquem para os direitos e deveres ou invertendo, deveres e direitos dos cidadãos, dos pais valores morais e legais, dos poderes instituídos o cumprimento das lei, tal e qual escritas é igualmente de todos.
    Não consigo imaginar uma nação desenvolvida sem costumes e regras sendo seguidas. O jeitinho pode ser uma solução para situações inusitadas, se for usado como inovação ótimo, mas péssimo quando usado como maneira de burlar e enganar como é o nosso caso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário