Em poucos dias, no início de abril, dois fatos geraram comoção nacional. O caso do Deputado Federal Bolsonaro e a morte horrível das crianças no Realengo.
No caso do Deputado, conhecido pelos seus arroubos, eu entendo injustificada. Ele pode dizer e falar o que quizer, no foro adequado instado a dar explicações, por quem se julgar ofendido. Mas daí a dar tanta repercussão, devassas à vida do parlamentar, generalizações e julgamentos resultam justamente no contrário do que pregam, a liberdade de opiniões e diversidade. Se tem alguém a favor, também pode ter alguém contra, é basico.
Aquela lei da física, da ação e reação também se aplica aqui. Quanto mais aguerrida a defesa, mais forte será o ataque. Até o equilibrio.
É claro que eu não concordo com deputado, tampouco concordo com tanta repercussão para um assunto que a meu ver é menos importante que educação, falta de perspectivas para os jovens, corrupção generalizada, morosidade da justiça, crescimento da violência civil e policial, aparelhamento estatal.
Corremos o risco de olhar para a floresta e ver somente as folhas.
Em relação ao caso do Rio de Janeiro, comovente, inexplicável, incompreensível. Muito se falou, especialistas, populares, jornalistas. Mas vejam o policial, um heroi em todos os sentidos, só o foi porque estava numa ação policial próxima, senão estaria armado de revólver e quiçá quanto tempo teriam demorado para chegar ao colégio. Pelos vídeos que vi, a rua já estava lotada de moradores, antes que a segunda viatura chegasse, 25, 30 minutos talvez. É muito tempo.
A imprensa, esmiuçou a vida do bandido e da família.
A família, compreensivamente, mesmo sem nada dever, tem medo de aparecer, pois teme os fazedores de justiça. Como se pode reclamar de um ato insano, cometendo outro. E mais, aproveitando o anonimato, como pichar e arrombar a casa do assassino.
Tiro uma lição disto. Nunca estaremos suficientemente preparados para situações limite, mas a polícia tem de ser mais ágil e o povo tem que ser mais civilizado. Precisamo saber olho por olho e dente por dente é um retrocesso.
E finalmente o bom senso. Aplausos para os alunos que pintaram a casa pichada. Isso é civilidade.
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