segunda-feira, 1 de agosto de 2011

BRASIL PARA TODOS

     Recentemente (25/072011) a presidente(a) deste país esteve em Arapiraca AL e lançou mais um programa nacional, dos que prometem mundos e fundos, disse ela no seu discurso, vai erradicar a miséria e parte do plano é vai investir na construção de um milhão de cisternas.
     Não vejo nada mudar nesta história.
     Todos os governos anteriores despejaram rios de dinheiro para a erradicação dos problemas da seca, ninguém conseguiu e nem se conseguirá enquanto não se investir pesadamente em educação e na saúde destas pessoas.
     Entendo como investimento em educação a escolarização das pessoas com qualidade, com ensino sério, sem engodo. A educação que defendo, pressupõe capacitação das pessoas na compreensão do mundo, que resulte na capacidade destes cidadãos poder se expressar na língua nativa(e compreender o que as pessoas escrevem e falam), que sejam capazes de inovar e de se auto desenvolver e no futuro não tenham necessidade de serem tutelados pelo estado ou quem quer que seja, pois não parece certo apenas um terço das pessoas entender o que leem.
     Quando alguém fala em educação, neste país, primeiro reclama do salário dos professores, depois reclama da merenda e instalações escolares.
     Sempre que há manifestações de professores, significa bandeiras de partidos que se dizem socialistas tremulando, intermináveis dias sem aulas (não raro ameaçando o ano letivo) e pedidos de revisão salarial.
     O que constato pode até não ser verdade, mas é o que se mostra.
     Não reconheço nos movimentos, ideias recicladas, renovadas e mais aparentemente o governo não se interessa pela educação do seu povo e os professores também não.
     Para o governo a educação se resume na reforma de escolas (quase sempre em tempo letivo, prejudicando as aulas), no envio de material didático, nem sempre de grande qualidade e em tempo, alguns estados e municípios fornecem uniformes e só.  Todos os anos ao se iniciar o ano letivo, também começam os mesmos problemas, não necessariamente nesta ordem mas falta de material didático, escolas sem carteiras ou com estruturas a serem reformadas, falta de professores e com diversas improvisações.
     Mais um engodo está na eleição dos diretores escolares.
     Entendo que até pode ser o mais apto, o eleito, no entanto o sucesso da eleição está justamente na popularidade dos candidatos e não na aptidão. Portanto acabe-se com as nomeações políticas e eleições dos diretores e contrate-se por concursos, com avaliações rigorosas e com cobrança de resultados previamente definidos e acordados entre os gestores da educação e os diretores.  Talvez o(a) diretor(a) não necessariamente tenha que ser professor(a), basta que queira dar o melhor de si e que atenda as habilidades necessárias para dirigir uma unidade escolar,  de acordo com os objetivos definidos para que a educação forme cidadãos aptos serem inclusos numa sociedade que lhe dá direitos e lhe cobra deveres.
     A saúde está paralela à educação.
     Milhões de brasileiros são infectadas pelo de mal de chagas,  verminoses, malária, diarreias, dengue, não tem esgotamento sanitário básico, não acessa a água tratada e milhares sequer são registrados.
     Para estas pessoas sem saúde, a educação é mais nefasta ainda, pois se ela existisse provavelmente faria aos cidadãos de segunda classe, buscarem mecanismos que possibilitariam sua visibilidade, fariam associações, cobrariam dos governantes e encontrariam soluções utilizando-se do conhecimento e dos recursos disponíveis.
     Então quando o governo diz água para todos, não quer resolver o problema, mas quer votos para a próxima eleição, dizendo que é bonzinho e se preocupa com os habitantes do território, quando na verdade está sendo bonzinho e distribuindo benesses com os recursos alheios, objetivando apenas e tão somente levar vantagem político eleitoreira.

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