quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EM CASO DE ASSALTO NÃO REAJA?

 



Os especialistas em segurança sugerem isso.

Esse lugar comum parece pouco produtivo, parece mais uma coisa de inconsciente coletivo, aceito como verdade absoluta e que ninguém mais questiona, inclusive os assaltantes que ao imaginarem uma reação simplesmente atiram e matam ou ferem e se apanhados pela polícia dizem que assim agiram pela reação da vítima.

Sequer contam com a surpresa instintiva da vítima, que pela abordagem geralmente violenta, perde a coordenação motora e deixa o carro morrer, começa a tremer, demora para reagir, não entende a ordem do criminoso.

Estamos numa época em que a culpa é sempre dos outros.

Ferir uma vítima é um ato criminoso e nada justifica que além da violência do assalto, o criminoso ainda use e abuse da sua superioridade para infligir um dano que poderá ser permanente e que ele não pagará.

Os bens materiais farão mais ou menos falta, mas poderão ser recuperados mas e os indiretos quando tiram a vida de um arrimo de família, do filho que cuidava dos pais, do líder comunitário.

Pelos bens o bandido poderá até pagar, se tiver o azar de ser preso, e posteriormente condenado e ainda cumprir pena, mas pelos danos indiretos ela nada paga e mais, onera cidadãos honestos que pagam seus impostos, contribuem com a sociedade ao ponto de ser mais caro aos cofres públicos que os estudantes.

Criminosos deveriam ser condenados a inclusive prover o seu sustento.

Precisamos de tanto em tantas áreas que parece irracional não haver quem levante essa bandeira.

As estradas públicas vivem abandonadas, as ruas e praças das cidades esburacadas e sujas, faltam moradias, saneamento básico e escolas vivem de favores. O que custaria fazer os presidiários arcarem com parte dos custos das suas acomodações?

Claro nem todos poderiam ter o direito de efetuarem algum “trabalho social”, os perigosos para a sociedade, traficantes, chefes de quadrilhas, continuariam confinados por motivos óbvios e poderiam ter atividades no confinamento.

Não consigo entender como é tão difícil fazer a coisa pública funcionar.

Não reagir ao assalto, parece uma atitude sensata, mas é sem dúvida acreditar que contra nossos instintos e a descarga de adrenalina, reajamos como profissionais treinados em sermos assaltados. Ainda vai demorar.

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