A Dona
Dilma deve andar mal assessorada. Não é possível.
Atrasa-se na recepção do Papa
Francisco, postergando o cerimonial e fazendo o avião da Alitalia, dar voltas.
Não foi o bastante, teve o discurso de
recepção parecendo um palanque eleitoral tecendo loas às realizações do seu
partido no governo.
Na despedida, além do convite recusado
de um presidente de país vizinho, aparece ao lado de um líder sul americano,
procurado pela Interpol.
Anuncia medidas para resolver os
problemas do país e logo em seguida volta atrás, como no caso dos cursos de
medicina aumentados em dois anos e anulados depois, anúncio da importação de
médicos e postergada depois, a portaria que reduziria a idade para tratamento
de mudança de sexo, anulada depois.
Isso tudo em uma semana.
Disse também que Lula não vai voltar à
presidência porque nunca saiu.
Nada errado em se consultar os mais
experientes para construir uma solução para os problemas, não esquecendo que o
responsável é quem tem a caneta.
O governo não pode ser um lugar para
amadores, nem acho que quem governe, quem quer que seja, tenha a condição de
saber tudo.
Para isso existem assessores, que se
bem escolhidos e prioritariamente o fossem por competência, alinhariam os discursos
com a legalidade, bom senso e evitariam tantos tropeços.
A fama de gerente competente, está
cada vez mais distante.
Está mais para uma gerentona
autoritária, mal humorada e arrogante.
Qualquer gestor, público ou privado,
que se cerca de bajuladores e não dos mais competentes, compromete o
desempenho.
Anunciar intenções funciona num
momento inicial, mas sem algo palpável, o ânimo inicial passa ao descrédito.
Atender as expectativas de 200 milhões
de brasileiros não deve ser coisa fácil.
Fazer proselitismo, sectarismo e
adaptar os discursos a cada plateia sem uma coerência, uma linha mestra
seguramente é o caminho para desagradar a todos.
Se mudanças são necessárias, é
consenso, se o sistema é presidencialista, com três poderes independentes e
ampla maioria no congresso , porque governar com medidas provisórias?
Assuntos espinhosos devem ser
discutidos até que os avanços possíveis sejam incorporados e passaremos a uma
nova fase, é o rito da democracia, nem sempre na velocidade desejável, mas
sempre avançando o possível.
Discordar ou querer de outra forma
usando formas legais e previstas, deve ser incentivado.
A diversidade permite a criatividade e
soluções coerentes, coisa rara nas autocracias que fazem tudo, sabem tudo.
Também não ajuda a governar a
necessidade de nestes 10 anos de PT, não reconhecer que a situação brasileira
atual é fruto de incontáveis erros e acertos de governos anteriores, somados
resultam nos tempos atuais.
Mais fácil seria partir de onde
paramos e galgar os avanços possíveis, que sempre iniciar novos caminhos,
porque os governos anteriores não eram correligionários.
As experiências anteriores somadas aos
conhecimentos e necessidades atuais, devem embasar as decisões. A necessidade
de minimizar feitos anteriores e exagerar feitos atuais, talvez não tenha
grande influência em partidas de futebol, mas nas gestões são devastadoras.
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