segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MANEIRA ESTRANHA DE GOVERNAR

          A Dona Dilma deve andar mal assessorada. Não é possível.
          Atrasa-se na recepção do Papa Francisco, postergando o cerimonial e fazendo o avião da Alitalia, dar voltas.
          Não foi o bastante, teve o discurso de recepção parecendo um palanque eleitoral tecendo loas às realizações do seu partido no governo.
          Na despedida, além do convite recusado de um presidente de país vizinho, aparece ao lado de um líder sul americano, procurado pela Interpol.
          Anuncia medidas para resolver os problemas do país e logo em seguida volta atrás, como no caso dos cursos de medicina aumentados em dois anos e anulados depois, anúncio da importação de médicos e postergada depois, a portaria que reduziria a idade para tratamento de mudança de sexo, anulada depois.
          Isso tudo em uma semana.
          Disse também que Lula não vai voltar à presidência porque nunca saiu.
          Nada errado em se consultar os mais experientes para construir uma solução para os problemas, não esquecendo que o responsável é quem tem a caneta.
          O governo não pode ser um lugar para amadores, nem acho que quem governe, quem quer que seja, tenha a condição de saber tudo.
          Para isso existem assessores, que se bem escolhidos e prioritariamente o fossem por competência, alinhariam os discursos com a legalidade, bom senso e evitariam tantos tropeços.
          A fama de gerente competente, está cada vez mais distante.
          Está mais para uma gerentona autoritária, mal humorada e arrogante.
          Qualquer gestor, público ou privado, que se cerca de bajuladores e não dos mais competentes, compromete o desempenho.
          Anunciar intenções funciona num momento inicial, mas sem algo palpável, o ânimo inicial passa ao descrédito.
          Atender as expectativas de 200 milhões de brasileiros não deve ser coisa fácil.
          Fazer proselitismo, sectarismo e adaptar os discursos a cada plateia sem uma coerência, uma linha mestra seguramente é o caminho para desagradar a todos.
          Se mudanças são necessárias, é consenso, se o sistema é presidencialista, com três poderes independentes e ampla maioria no congresso , porque governar com medidas provisórias?
          Assuntos espinhosos devem ser discutidos até que os avanços possíveis sejam incorporados e passaremos a uma nova fase, é o rito da democracia, nem sempre na velocidade desejável, mas sempre avançando o possível.
          Discordar ou querer de outra forma usando formas legais e previstas, deve ser incentivado.
          A diversidade permite a criatividade e soluções coerentes, coisa rara nas autocracias que fazem tudo, sabem tudo.
          Também não ajuda a governar a necessidade de nestes 10 anos de PT, não reconhecer que a situação brasileira atual é fruto de incontáveis erros e acertos de governos anteriores, somados resultam nos tempos atuais.
          Mais fácil seria partir de onde paramos e galgar os avanços possíveis, que sempre iniciar novos caminhos, porque os governos anteriores não eram correligionários.
          As experiências anteriores somadas aos conhecimentos e necessidades atuais, devem embasar as decisões. A necessidade de minimizar feitos anteriores e exagerar feitos atuais, talvez não tenha grande influência em partidas de futebol, mas nas gestões são devastadoras.
         

          

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