Nunca antes
na história deste país... (parafraseando o ex ou não presidente da república),
um governante teve tanta maioria no congresso nacional.
Portanto, todas as reformas desejadas
e necessárias poderiam ser propostas pelo executivo, e com as devidas
discussões, adaptariam o país às necessidades atuais.
Isso não ocorre.
Cabeças coroadas vivem às trombadas.
Engolimos medidas provisórias sem
urgência, solapando as discussões necessárias do congresso.
A nova forma de governar é anunciar
planos, com pompa e discursos arrogantes, reescrever a história, tecer loas as
promessas de realizações, quase sempre perfumarias.
Irrita-me a necessidade de comparação
com FHC.
FHC teve falhas e acertos, entretanto
invariavelmente o PT deseja reescrever a história desfazendo os atos
governamentais de FHC, sempre buscando uma acusação, um porém, uma informação
que volta de vez em quando com “novos documentos”, com novas descobertas.
Pergunto-me, se existiram tantos
erros, corrupção, desvios, caixa dois e o que quer que seja, porque voltam em
ondas? Porque não voltam com os devidos processos administrativos, judiciais ou
o que couber?
Sempre voltam por notícias nebulosas
da imprensa/internet em informativos ligados ao governo federal, por anúncios
de empresas públicas ou visivelmente vinculados por afinidades ideológicas ou
partidárias.
Quase nada tem origem nos órgãos
competentes que existem com o fim de fiscalizar os atos referidos.
Retorna à divulgação a tal lista de
Furnas, que vai e vem, como coringa, num jogo de cartas, guardada com laudos de
veracidade e repassadas com tons de novidade.
Mais espantoso é o caso da acusação de
formação de cartel nas obras do metrô de São Paulo, acusação genérica, que
tramita no CADE, órgão visivelmente aparelhado, (em segredo de justiça, o
acusado não sabe sequer do que o acusam, portanto não consegue se defender) e
que vem a baila, justamente num momento de crise de credibilidade no governo do
PT às vésperas de uma eleição decisiva.
Mais do que isso, embora a empresa
vencedora das licitações negue, comenta-se que ela tenha divulgado a tal
formação de cartel para poder se beneficiar da delação premiada.
Pode ser tudo verdade e, portanto
punam-se os culpados.
O modus operandi é que é questionável.
Não é possível imaginar que um país,
um município ou um estado possa ser reconstruído a cada troca de governo.
Lógico seria pensar que o sucessor aproveite os casos de sucesso e ajustasse
ações adaptando-as às necessidades e informações atuais.
Isso foi o que Lula fez no primeiro
governo pós-FHC e foi reeleito.
Portanto, eu desconfio de quem tem
gasta mais tempo para apontar erros dos outros que concretizar as próprias
realizações.
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