segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A GRANDE ENGANAÇÃO

Nunca antes na história deste país... (parafraseando o ex ou não presidente da república), um governante teve tanta maioria no congresso nacional.
          Portanto, todas as reformas desejadas e necessárias poderiam ser propostas pelo executivo, e com as devidas discussões, adaptariam o país às necessidades atuais.
          Isso não ocorre.
          Cabeças coroadas vivem às trombadas.
          Engolimos medidas provisórias sem urgência, solapando as discussões necessárias do congresso.
          A nova forma de governar é anunciar planos, com pompa e discursos arrogantes, reescrever a história, tecer loas as promessas de realizações, quase sempre perfumarias.
          Irrita-me a necessidade de comparação com FHC.
          FHC teve falhas e acertos, entretanto invariavelmente o PT deseja reescrever a história desfazendo os atos governamentais de FHC, sempre buscando uma acusação, um porém, uma informação que volta de vez em quando com “novos documentos”, com novas descobertas.
          Pergunto-me, se existiram tantos erros, corrupção, desvios, caixa dois e o que quer que seja, porque voltam em ondas? Porque não voltam com os devidos processos administrativos, judiciais ou o que couber?
          Sempre voltam por notícias nebulosas da imprensa/internet em informativos ligados ao governo federal, por anúncios de empresas públicas ou visivelmente vinculados por afinidades ideológicas ou partidárias.
          Quase nada tem origem nos órgãos competentes que existem com o fim de fiscalizar os atos referidos.
          Retorna à divulgação a tal lista de Furnas, que vai e vem, como coringa, num jogo de cartas, guardada com laudos de veracidade e repassadas com tons de novidade.
          Mais espantoso é o caso da acusação de formação de cartel nas obras do metrô de São Paulo, acusação genérica, que tramita no CADE, órgão visivelmente aparelhado, (em segredo de justiça, o acusado não sabe sequer do que o acusam, portanto não consegue se defender) e que vem a baila, justamente num momento de crise de credibilidade no governo do PT às vésperas de uma eleição decisiva.
          Mais do que isso, embora a empresa vencedora das licitações negue, comenta-se que ela tenha divulgado a tal formação de cartel para poder se beneficiar da delação premiada.
          Pode ser tudo verdade e, portanto punam-se os culpados.
          O modus operandi é que é questionável.
          Não é possível imaginar que um país, um município ou um estado possa ser reconstruído a cada troca de governo. Lógico seria pensar que o sucessor aproveite os casos de sucesso e ajustasse ações adaptando-as às necessidades e informações atuais.
          Isso foi o que Lula fez no primeiro governo pós-FHC e foi reeleito.

          Portanto, eu desconfio de quem tem gasta mais tempo para apontar erros dos outros que concretizar as próprias realizações. 

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