sexta-feira, 28 de junho de 2013

A EDUCAÇÃO E OS 10% DO PIB.



          Todos falamos em educação, na importância que isso tem para o nosso desenvolvimento, é o assunto do momento em qualquer discurso político, de esquerda e de direita, falamos em aumentar as verbas para 10% do PIB, sem entretanto haver melhoras significativas na educação dos brasileiros.
          Continuamos a ser ranqueados nos últimos lugares em quaisquer listas que se fizerem.
          A educação é fundamental para o desenvolvimento de todos os países.
          Não entendemos ainda, que os países deitados em berço esplêndido, com imensos recursos naturais, extenso território, sem terremotos arrasadores e extremos climáticos, nada são se não souberem aproveitar a riqueza que esses recursos podem gerar.
          Ao contrário daquele discurso “imperialismo, colonizadores, exploradores das nossas necessidades”, deveríamos entender, que “eles” tiram vantagem, por que sabem processar e industrializar os recursos naturais, nós no máximo sabemos extrair.
          O essencial é entender que “eles” são ricos e desenvolvidos, não pelo fato de nos explorarem, mas por agregar às matérias primas conhecimento, tecnologia, novos usos.
          A nossa escola, está tomada de sindicalistas, que invariavelmente fazem greves, com o consequente comprometimento do ensino.
          Se é que se pode chamar de ensino, aulas focadas em ideologias, mais que no ensino de matemática, ciências e português, essenciais para a necessidade de compreensão do mundo no futuro.
          Sindicalistas podem não ser, mas parecem mais interessados na perpetuação do poder, que na implantação de melhorias que pudessem contribuir com o sucesso da sua atividade e, portanto contribuir para a excelência do ensino.
          Continuaremos ter imensos recursos naturais, a geografia nos favorece, mas continuaremos a ser “explorados”, pois não sabemos agregar conhecimento às nossas matérias primas.
          O ensino ganhou importância.        
Jamais vimos tanta necessidade de apender, de conhecer e de ser apto a se adaptar as necessidades ampliadas em horizontes mais e mais distantes e diversos.
Se quisermos ensino de qualidade, precisamos frear os sindicatos, implantar e valorizar méritos, envolver as comunidades, os governos, os pais, diretores e professores.
A questão professor é importante neste contexto, pois estamos há muito tempo ouvindo que é uma categoria desvalorizada, insuficientemente dignificada.
Estamos usando a escola, para apaziguamento social, para nivelamento por baixo dos anseios e necessidades da população, treinando os futuros trabalhadores e motores do desenvolvimento em assuntos não mesuráveis, como afeto, higiene, valores da vida, valores sociais (ideológicos).
Não necessitamos de uma escola inclusiva, seja lá o que isso signifique.
Necessitamos de uma escola que ensine matemática, português e ciências.
Assuntos que poderiam sim, melhorar nosso desenvolvimento.
O artigo em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social no site www.idebnaescola.org.br, resume o pensamento corrente no meio:
- “O importante dessa escola não é o Ideb, mas o fato de ser uma escola inclusiva”, pois recebe alunos de áreas de baixa renda etc.
- Contraria a lei que obriga as escolas fixarem em placa visível à nota do Ideb, “... pois sua aprovação traria grande dificuldade à secretaria, que se veria atolada de pedidos de alunos de escolas ruins querendo ir para escolas boas, e também causaria grande estigma aos professores das escolas ruins.”.
Enquanto existir a imagem distorcida de que a escola faz de tudo, sobra pouco tempo para ensinar conhecimentos básicos para toda a vida.
Enquanto a compreensão das ciências, a capacidade de compreender e interpretar textos, com foco no aluno, não for à prioridade, não chegaremos ao primeiro mundo.
Os governos relativizam os índices, Ideb, Pisa dentre outros, sobretudo se não representarem exatamente os discursos que proferem.
Na imprensa proliferam campanhas anti bulling, relatando a violência contra professores nas escolas... mas qualidade de ensino que é bom...
Portanto muito caminho a ser percorrido ainda teremos.
A valorização, dignidade e reconhecimento ocorrerão, mas certamente muitos gestores e professores precisarão mudar a forma de pensar e agir ou não terão espaço.
Depende sobretudo de nós, pais, avós e comunidades a pressão para não nos satisfazer por nossos filhos, estarem na escola.

Os alunos precisam estar na escola para aprender a serem capazes de produzir conhecimentos e evoluírem e não para não estarem na rua e aprender coisas que “não devem”.

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