Todos falamos em educação, na
importância que isso tem para o nosso desenvolvimento, é o assunto do momento
em qualquer discurso político, de esquerda e de direita, falamos em aumentar as
verbas para 10% do PIB, sem entretanto haver melhoras significativas na educação
dos brasileiros.
Continuamos a ser ranqueados nos
últimos lugares em quaisquer listas que se fizerem.
A educação é fundamental para o
desenvolvimento de todos os países.
Não entendemos ainda, que os países
deitados em berço esplêndido, com imensos recursos naturais, extenso
território, sem terremotos arrasadores e extremos climáticos, nada são se não
souberem aproveitar a riqueza que esses recursos podem gerar.
Ao contrário daquele discurso
“imperialismo, colonizadores, exploradores das nossas necessidades”, deveríamos
entender, que “eles” tiram vantagem, por que sabem processar e industrializar
os recursos naturais, nós no máximo sabemos extrair.
O essencial é entender que “eles” são
ricos e desenvolvidos, não pelo fato de nos explorarem, mas por agregar às
matérias primas conhecimento, tecnologia, novos usos.
A nossa escola, está tomada de
sindicalistas, que invariavelmente fazem greves, com o consequente
comprometimento do ensino.
Se é que se pode chamar de ensino,
aulas focadas em ideologias, mais que no ensino de matemática, ciências e
português, essenciais para a necessidade de compreensão do mundo no futuro.
Sindicalistas podem não ser, mas
parecem mais interessados na perpetuação do poder, que na implantação de
melhorias que pudessem contribuir com o sucesso da sua atividade e, portanto
contribuir para a excelência do ensino.
Continuaremos ter imensos recursos
naturais, a geografia nos favorece, mas continuaremos a ser “explorados”, pois
não sabemos agregar conhecimento às nossas matérias primas.
O ensino ganhou importância.
Jamais
vimos tanta necessidade de apender, de conhecer e de ser apto a se adaptar as
necessidades ampliadas em horizontes mais e mais distantes e diversos.
Se
quisermos ensino de qualidade, precisamos frear os sindicatos, implantar e
valorizar méritos, envolver as comunidades, os governos, os pais, diretores e professores.
A
questão professor é importante neste contexto, pois estamos há muito tempo
ouvindo que é uma categoria desvalorizada, insuficientemente dignificada.
Estamos
usando a escola, para apaziguamento social, para nivelamento por baixo dos
anseios e necessidades da população, treinando os futuros trabalhadores e
motores do desenvolvimento em assuntos não mesuráveis, como afeto, higiene,
valores da vida, valores sociais (ideológicos).
Não
necessitamos de uma escola inclusiva, seja lá o que isso signifique.
Necessitamos
de uma escola que ensine matemática, português e ciências.
Assuntos
que poderiam sim, melhorar nosso desenvolvimento.
O
artigo em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social
no site www.idebnaescola.org.br, resume o pensamento corrente no
meio:
-
“O importante dessa escola não é o Ideb, mas o fato de ser uma escola
inclusiva”, pois recebe alunos de áreas de baixa renda etc.
-
Contraria a lei que obriga as escolas fixarem em placa visível à nota do Ideb, “...
pois sua aprovação traria grande dificuldade à secretaria, que se veria atolada
de pedidos de alunos de escolas ruins querendo ir para escolas boas, e também
causaria grande estigma aos professores das escolas ruins.”.
Enquanto
existir a imagem distorcida de que a escola faz de tudo, sobra pouco tempo para
ensinar conhecimentos básicos para toda a vida.
Enquanto
a compreensão das ciências, a capacidade de compreender e interpretar textos,
com foco no aluno, não for à prioridade, não chegaremos ao primeiro mundo.
Os
governos relativizam os índices, Ideb, Pisa dentre outros, sobretudo se não
representarem exatamente os discursos que proferem.
Na
imprensa proliferam campanhas anti bulling, relatando a violência contra
professores nas escolas... mas qualidade de ensino que é bom...
Portanto
muito caminho a ser percorrido ainda teremos.
A
valorização, dignidade e reconhecimento ocorrerão, mas certamente muitos
gestores e professores precisarão mudar a forma de pensar e agir ou não terão
espaço.
Depende
sobretudo de nós, pais, avós e comunidades a pressão para não nos satisfazer por
nossos filhos, estarem na escola.
Os
alunos precisam estar na escola para aprender a serem capazes de produzir
conhecimentos e evoluírem e não para não estarem na rua e aprender coisas que
“não devem”.
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