sexta-feira, 28 de junho de 2013

SENHOR PREFEITO ACM NETO


Acreditei e ainda acho que dos candidatos apresentados o senhor despontou como promessa de sem ter um discurso populista, ser popular.  Sem experiência, ser sensato.
Enfatizo, ainda acho.
No entanto a nossa cidade, não nasci baiano, mas estou aqui há 12 anos, precisa de ações que não dependem só do senhor, mas também do envolvimento de todos os soteropolitanos, ou pelo menos, da maioria.
Claro. Alguém tem que capitanear.
Eu não creio que seja possível, em pouco tempo, mudar a cultura que temos arraigada cujo principal comportamento é não assumir nossa parte, mesmo quando os maiores beneficiários somos nós.
Jogamos lixo pelas janelas dos veículos, jogamos na calçada, praias.     Fazemos necessidades fisiológicas em qualquer lugar.
As calçadas quando existem estão tomadas de ambulantes, carros, obstáculos diversos.
Achamos que alguém tem que resolver.
Para ficar claro, venho de uma família de agricultores.
Meu avô tinha por hábito limpar os bueiros, valetas e roçava as margens das estradas vicinais que passavam pela sua propriedade sem nunca cobrar da prefeitura pelo trabalho. Ele era beneficiado pela conservação da estrada e como os vizinhos também faziam isso, todos tinham estradas, relativamente transitáveis. Evidente que algumas obras exigiam máquinas, novos traçados... Aí então, a prefeitura entrava.
Moro na Ladeira do Desterro, em Nazaré.
Diariamente, circulo pela região da Fonte Nova, Campo da Pólvora e Joana Angélica.
Passamos por obras, iniciadas em meados de 2012 e estão se estendendo até hoje, nas calçadas, que acredito visavam mobilidade urbana, pois tem sinalização para deficientes visuais, acessos para cadeirantes.
Mas prefeito, essas obras carecem de término, detalhes que infernizam nossa vida.
Os restos da construção ficam largados em montinhos que a chuva e vento se encarregam de espalhar, as sarjetas por onde a água devia escorrer, não foram terminadas, os acessos para cadeirantes e sinalização para deficientes visuais, terminam em obstáculos (água acumulada, buracos ou desníveis instransponíveis), não daria para exigir das empresas a finalização?
Acho que podemos estender para a cidade toda.
Muito comuns são as calçadas irregulares, exigindo que os pedestres disputem espaços com os carros nas ruas, não dá para fazer um decreto, com prazo para os proprietários regularizarem?
Casas e marquises despejam a água diretamente nos pedestres. Não se pode determinar que estendam os canos de esgotamento até a sarjeta?
A colocação do lixo para a coleta é feita de forma irregular e aleatoriamente, é comum vermos gente e animais revolvendo e arrebentando as frágeis embalagens, espalhando lixo, aumentando o trabalho dos garis e recolhedores nos caminhões da coleta de lixo.
Será que uma campanha bem feita, algumas multas, alguns containers, incentivos a coleta seletiva não resolveria a maior parte do lixo espalhado?
Minha mãe vive numa cidade com 200 mil habitantes em Santa Catarina, o lixo não reciclável é recolhido pela prefeitura, uma vez por semana nos bairros, no centro duas ou três vezes. O lixo reciclável é recolhido por membros de cooperativas de reciclagem. Não há lixo nas ruas.
Os funcionários de prefeitura, que cuidam das podas de gramados e retiram as plantas das calçadas, poderiam recolher os resíduos gerados. Por que ficam acumulados, sem o recolhimento imediato, entupindo nossas sarjetas, bocas de lobo e calçadas?
Impossível aceitar que a Av. Mario Leal Ferreira, seja varrida manualmente somente. Existem máquinas apropriadas, fariam de madrugada, sem risco para o gari, que seria alocado para outro local, onde a máquina não poderia atuar.
Estive por 15 dias na Cidade do México em turismo, plana, sem rios.
Não tem cheiro de esgoto, não há água acumuladas nas ruas, não há lixo no chão e nem caixa coletoras nos postes, não há banheiros fora dos edifícios e praças (públicos ou privados) e nem gente fazendo necessidades fisiológicas em qualquer lugar.
O revestimento das ruas e calçadas é praticamente perfeito.
Os garis recolhem folhas de árvores, muitas árvores.
O transporte público tem metrô, trem, ônibus, micro-ônibus, táxis e o metrobus um ônibus para 160 passageiros, todo automatizado, cartão magnético, estações protegidas, vias exclusivs. Você coloca o dinheiro, cartão magnético (crédito ou débito), retira outro cartão com o valor que você inseriu, passa por uma roleta com leitor magnético e pronto. O custo desta viagem equivale a R$ 1,00 (se você tiver que comprar o cartão pagará mais R$ 1,00).
Não tivemos dificuldade de usar o sistema, sem ser fluente em espanhol e sem auxílios mais agudos. Aqui em Salvador, eu tenho dificuldades de usar ônibus, imagine um estrangeiro.
Abundam informações turísticas e nas esquinas mais movimentadas, botões de emergência. (polícia, médica... aperta o botão e fala com um atendente).
O único senão, é a poluição atmosférica, problema que não temos.
Creio que a parte burocrática não deva ocupar muito do seu tempo, mas o estabelecimento de metas e prioridades sim.
Cuidar das praças, canteiros, árvores e jardins e da aparência de modo geral, cria nas pessoas um pouco de responsabilidade de conservação, provado pela teoria da janela quebrada.
Essas medidas custariam pouco aos cofres públicos e criariam uma sinergia entre empresas e cidadãos, entes públicos e privados que seguramente aumentaria num circulo virtuoso, na medida em que os resultados começassem a ser notados.
Algumas medidas não seriam simpáticas, mas quais as lembranças dos primeiros anos de escola nos marcaram? As aulas de mestres que mais nos davam liberdade ou dos que mais nos ensinaram, portanto nos disciplinavam?

É a chance de fazer a diferença, na cidade que nossas famílias irão crescer. 

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