terça-feira, 26 de julho de 2011

OS RUMOS DO NOSSO PAÍS

     Esta semana(25/07/2011) a presidente Dilma, esteve no nordeste (Arapiraca) acompanhada do presidente de honra do Brasil o Sr Lula, aquele de nunca antes na história deste país, lançando um programa federal para a agricultura familiar.
     Aproveitou para se elogiar tecer loas a agricultura familiar deste país, seja lá o que ela significa, francamente acho que eles não sabem do que estão falando, o Sr Lula, tentou enumerar as inúmeras realizações do seu governo (não citou as corrupções).
     Se o discurso de que 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são produzidos pela agricultura familiar for verdade, porque a renda da agricultura não corresponde à produção?
     É claro, sou filho de agricultores, sei como é difícil manter e ter renda em propriedades de pequeno porte. Ainda mais, quando a concorrência produz usando tratores e ceifadeiras.
     O fato é que o governo não entende ou não têm interesse em entender que o pequeno produtor não tem escala para conseguir bons preços e a logística é muito cara para ser suportada por ele só. sem falar que ele não conta com assistência técnica, veterinários e acessos a técnicas agrícolas que melhorariam sua rentabilidade.
     O governo faria mais pela agricultura familiar se incentivasse a criação de cooperativas, se fornecesse acesso a sementes selecionadas e adaptadas à sua região, se fornecesse técnicos agropecuários que pudessem ensinar a cultivar a terra e dela extrair o máximo sem agredir a natureza e a si próprios, disponibilizasse veterinários que pudessem melhorar os planteis de reses criadas nas pequenas propriedades, sem grandes discursos e eventos aproveitando as estruturas já existentes, por ora subutilizadas ou usadas para cabide de empregos.
     Embora a Bahia tenha um grande território, com possibilidades agrícolas, todos os progressos foram efetuados por emigrantes que vieram de outros estados e até países para produzir frutas, cereais, algodão, leite, entre outros.
     Só para exemplificar, a produção de farinha de mandioca é feita de forma artesanal, pouco diferente do que era no império e se perde grande parte do esforço produtivo pela ineficiência no plantio errado, no preparo artesanal, na ineficiência da comercialização, pelos acidentes que dilaceram membros dos produtores.

     Em nenhum momento ouvi alguém dos que defendem a agricultura familiar, fornecer alternativas que viabilizem as pequenas propriedades, cujo fundamental não é especializar-se mas prudizir de forma sustentável em propriedades integralizadas, produzindo comodites de maior valor agregados em diversos itens como leite, carne, grãos, legumes e verduras, frutas, mel  e etc... usando os dejetos como fertilizantes, melhorando a eficiência do regime de águas.
     Como parece que não sabem do que estão falando, ou tem outros interesses,  simplesmente definem como prioridade da política pomposa emprestar algum dinheiro para financiar um produção que não se sustenta e colher os frutos imediatos das benesses.
     Às favas os escrúpulos.

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